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SÃO PAULO – Depois da Petrobras cancelar o processo de contratação para afretamento de sondas com o grupo Ocean Rig/OSX (OSXB3), a Ágora reduziu em R$ 3,00 seu preço-alvo para as ações do companhia, que foi para R$ 17,00 por ação para dezembro do ano que vem – o que configura um potencial de valorização de 69,15% em relação ao fechamento da última quinta-feira (20).
Apesar da nova avaliação, a corretora manteve a recomendação de compra das ações. “Assim, apesar do corte feito no preço-alvo, seguimos vendo um atraente potencial de valorização de suas ações”, disseram os analistas Luiz Otávio Broad e Ricardo Faria França.
Com base em suas estimativas, a atual carteira da empresa tem o valor aproximado de R$ 4,5 bilhões, equivalente a R$ 14,70 por ação. Eles ainda enxergam um potencial para a OSX conseguir novas encomendas em 2013, que podem adicionar um VPL (Valor Presente Líquido) de US$ 166 milhões, ou R$ 1,10 por ação (o que não está incluído no preço-alvo da Ágora).
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A OSX deverá iniciar suas operações em seu estaleiro no primeiro trimestre de 2013, uma vez que a dragagem do canal já atingiu o comprimento necessário para a empresa, e a primeira área está quase pronta para que se tenha o início da montagem das peças de grandes dimensões. O primeiro equipamento a ser construído será um navio lançador de linha – PLSV (contratado pela Sapura). As demais áreas serão entregues ao longo de 2013, desta forma, o estaleiro deverá ser totalmente concluído em meados de 2014.
Mudando a rota dos investimentos
Outro ponto que merece atenção dos analistas é que aos poucos a companhia está mudando os investimentos, parcialmente por conta da OGX Petróleo (OGXP3) e em parte por conta das encomendas de outros clientes.
Por um lado, a produção da OGX está consideravelmente abaixo das expectativas iniciais, resultando em menores fluxos de caixa e levando a menores encomendas e atrasos no cronograma de entregas. Por outro, a OSX conquistou contratos inesperados de terceiros. “No entanto, é importante enfatizar que estes contratos não incluem fretamento/locação, que é muito mais rentável que apenas a construção”, ponderam os analistas.