Burger King e Vinci Partners têm interesse em adquirir Outback Brasil, diz jornal

A RBI, rede controladora da BK Brasil, já deu o aval para a negociação. Já o Vinci Partners pode ter recursos suficientes para a aquisição

Allan Gavioli

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SÃO PAULO – A gestora Vinci Partners e a rede de fast-food Burger King entraram na competição para adquirir as operações brasileiras do Outback, rede de restaurantes americana inspirada na culinária australiana. As informações são de fontes do jornal Valor Econômico. Ainda de acordo com o Valor, as negociações ainda se encontram em fase inicial.

Vale lembrar que em dezembro de 2019 a Bloomin’ Brands, marca que controla a rede Outback, contratou o Bank of America Securities (BofA) para buscar possíveis interessados no ativo e explorar opções estratégicas para a marca. À época, a International Meal Company (IMC), dona do Frango Assado e do Viena, mostrou-se interessada.

Ainda segundo o jornal, a Bloomin’Brands não deve aceitar uma troca de ações e deseja receber em dinheiro o valor da compra.

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Em nota ao InfoMoney, a companhia controladora da rede Outback confirmou que contratou o BofA para ajudar na busca por interessados pela marca, mas não deu nenhuma informação sobre as companhias que pleiteiam a aquisição.

“Reiteramos que em 6 de novembro de 2019, o CEO da Bloomin’ Brands, David Deno, anunciou que contratou o BofA Securities, Inc. para analisar diversas possibilidades, opções estratégicas e alternativas para gerar valor ainda maior para as ações das marcas do grupo globalmente”, afirma a empresa em nota.

A companhia ainda reitera a relevância da operação do Outback no país e deu detalhes sobre futuros planos de expansão para esse ano.

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“A Bloomin’ Brands informa que verifica cada uma das sugestões estrategicamente com o objetivo de maximizar retorno para seus acionistas. A Companhia reforça a importância da operação no Brasil e informa que o plano de expansão local de suas marcas já está confirmado com um forte crescimento de cerca de 12% no número de unidades em 2020”, conclui.

Hoje, o Outback possui 100 unidades espalhadas pelo Brasil. Independentemente de quem levar o acordo, terá que ficar também com a rede Abbraccio, restaurante de comida italiana com 12 pontos no país e uma unidade da Fleming’s. Ambas as operações são bem menores que o Outback.

Segundo o Valor, a Restaurant Brands International (RBI), rede controladora da BK Brasil, já deu o aval para a negociação e os primeiros contatos entre as companhias aconteceram por meio de representantes locais.

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Já a Vinci Partners, quer possui uma participação minoritária de 7,7% na BK Brasil, pode ter recursos suficientes para adquiri a operação.

Segundo informações do site da gestora, o fundo de private equity VCP III, que possui na carteira a Domino’s, rede de pizzaria americana, possui um R$ 2,8 bilhões livres para investimento na economia brasileira e é um fundo que detêm mais de 30% do seu capital nos setores de alimentação, saúde e telecomunicação.

Procurada pelo InfoMoney, a Vinci Partners afirmou que, por enquanto, não está comentando o assunto. Já o Burger King não se manifestou.

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As marcas da Bloomin’ Brands no Brasil faturaram, juntas, cerca de R$ 1,4 bilhão em 2018. Já a operação brasileira do Outback possui um crescimento acima da média mundial, mas as margens são pressionadas pelos altos custos de operação.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.