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SÃO PAULO – Após anúncio da precificação das ações a um montante cerca de 13% menor que o valor de mercado do último fechamento, as ações do Marfrig (MRFG3), o BTG Pactual ressalta riscos que a operação poderá oferecer.
Os papéis saíram ao preço de R$ 8,00 cada, bem abaixo dos R$ 9,05 registrados no último fechamento. Foram negociadas 131,25 milhões de ações ordinárias, em uma oferta que movimentou R$ 1,05 bilhão, levemente abaixo das pretensões da companhia, que pretendia levantar R$ 1,1 bilhão.
Entre os possíveis riscos, o banco o processo de integração de aquisições e mudanças na gestão, o que poderia ser algo prejudicial, dado que a companhia tem restrição de dinheiro, por conta da sua elevada alavancagem. Isso poderia acarretar em mais gasto do que em retorno, reforça a equipe de análise análise.
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O banco mantém recomendação de “neutra” para as ações, e reduziu o preço-alvo de R$ 10,00 para R$ 9,50, o que sugere um potencial teórico de 4,97% de alta. “Vemos que o Marfrig poderá enfrentar risco de refinanciamento, especialmente se continuar a ‘queimar caixa’, como fez no trimetre passado, no qual gastou R$ 430 milhões.”
No lado positivo, porém, o banco ressalta que sempre apreciou os ativos do portfólio do Marfrig, especialmente da participação da Seara no mercado doméstico. A equipe frisa ainda que admira mudanças recentes promovidas na gestão da empresa – como Sergio Rial ter sido escolhido o novo CEO – como propulsoras para uma melhora na governança corporativa e nas operações da empresa. “Assim, não estamos convencidos de uma forte virada da empresa.”