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SÃO PAULO – A revisão para baixo do guidance da Cyrela (CYRE3) para os anos de 2011 e 2012, ao mesmo tempo em que trouxe a redução de vendas e lançamentos, teve também pontos elogiados pela Bradesco Corretora. “A participação da empresa em projetos aumentou, que é o que importa mais em termos de fluxo de caixa e valuation“, diz o analista André Rocha, destacando o maior controle de custos que esta estratégia da empresa irá permitir, abrindo caminho para melhores margens.
O Bradesco destaca que a redução do guidance de lançamentos foi pequena, de 4% neste ano, considerando o ponto médio do intervalo das projeções. Para 2012, o corte nas estimativas foi maior, de 6%, também levando em conta o ponto médio da faixa estimada. Ainda assim, capaz de fornecer um crescimento anual de 10% para a companhia.
Já as vendas estimadas, diminuídas em 9% e 12% nos próximos dois anos, também considerando o ponto médio do intervalo de projeções, “tendem a permanecer próximas ao visto em 2010”.
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Rocha destaca que o ajuste do guidance vem em linha com a revisão do orçamento para os projetos, feito no segundo trimestre de 2010, e ressalta o posicionamento da empresa em relação ao setor. “A Cyrela é a segunda maior companhia imobiliária brasileira e tem inúmeras parcerias, mesmo que seja a única companhia que fale sobre custos de inflação e problemas de margens”, diz o analista em relatório publicado nesta segunda-feira (14).
Recomendação
Mesmo com as notícias negativas e o fato de que antigos projetos tendam a pressionar as margens nos trimestres seguintes, o banco considera a valuation da construtora bastante barato, o que representa um “interessante ponto de entrada para investidores”. A Cyrela possui recomendação de outperform e preço-alvo de R$ 30,20, o que implica em um upside de 86,4%, em relação ao pregão de sexta-feira.
