Bracher, do Itaú, diz que sobreviver é prioridade e queda nos resultados é inevitável

Segundo ele, o grau de cooperação entre os bancos em prol da liquidez é "uma coisa especialmente boa nessa crise"

Paula Zogbi

Cândido Bracher (Divulgação/Itaú)

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SÃO PAULO – Para Cândido Bracher, presidente do Itaú Unibanco, a prioridade do cidadão na crise do coronavírus deve ser sobreviver, acima de qualquer questão financeira.

“Sobreviver é muito importante, é aquilo que todos nós temos de fazer – de certa maneira, é aquilo que o país precisa fazer. Estamos em quarentena porque temos que sobreviver, é uma hierarquia de prioridades”, disse o executivo em transmissão online nesta segunda-feira (6).

Segundo ele, o grau de cooperação entre os bancos em prol da liquidez do mercado é “uma coisa especialmente boa nessa crise” e é “inevitável” que a rentabilidade do setor caia neste ano: “Acho que isso ocorrerá de qualquer jeito”.

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Após mostrar novamente as apostas do banco para o PIB, Bracher se esquivou de fazer previsões numéricas sobre o resultado da instituição que comanda.

“Eu espero que o Itaú cumpra muito bem seu papel como instituição financeira, seu papel perante seus clientes e seu papel como cidadão corporativo e como empregador, protegendo e cuidando de seus funcionários”, elencou. Segundo ele, o banco não terá resultados “tão bons quanto os do ano passado”, mas “sairá engrandecido”da crise.

Questionado sobre os papéis principais dos bancos, Bracher listou a segurança e solidez do sistema (“assegurar a poupança que lhe é confiada”), fornecer canais digitais de atendimento sem inviabilizar o atendimento ao cliente que não é conectado e, por fim, “irrigar a economia” – frente na qual incluiu o lançamento da linha de crédito para financiamento de folha de pagamento e a rolagem de dívidas por 60 dias.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney