BR Insurance chega a subir 10% com rumores de venda; empresa desconhece negociação

Segundo blog da Exame.com, Gávea investimentos estaria interessada em comprar a empresa, que perdeu mais de 60% de valor de mercado na primeira semana de abril

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Um dos maiores fiascos da temporada de resultados do 4º trimestre de 2013 – quando viu suas ações caírem 62,8% nos 6 pregões após a divulgação do balanço -, a BR Insurance (BRIN3) mostra uma sobrevida nesta sexta-feira (6), repercutindo os rumores de que poderá ser vendida para um dos maiores fundos de investimento do Brasil. A alta não perdeu forças mesmo após a companhia dizer que desconhecia tal negociação.

Ao final do dia, os papéis fecharam com ganhos de 9,69%, a R$ 8,94, tendo chegado a valer R$ 8,98 na máxima do dia – maior patamar desde 12 de maio. O volume financeiro movimento pela empresa na Bovespa chegou a R$ 4,864 milhões, quase o dobro da média diária dos últimos 21 pregões. Mesmo com essa valorização, os papéis BRIN3 ainda apresentam queda de 48,78% em 2014.

Segundo publicação de ontem no blog Primeiro Lugar, da Exame.com, a Gávea Investimentos, gestora do ex-ministro da Fazenda, Armínio Fraga, estaria estaria negociando com os acionistas da companhia como fazer essa compra. Alguns destes acionistas permaneceriam sócios da empresa mesmo após um eventual fechamento de capital, aponta a publicação. Contudo, a mesma nota reforça que as negociações são preliminares e é possível que não deem em nada.

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Empresa nega
A BR Insurance informou que desconhece a origem da informação publicada, bem como qualquer negociação entre fundos de investimentos e seus acionistas. Ela ainda destacou que o foco da administração é seguir com o processo de integração em curso – após o 
balanço do 4º trimestre, o grupo passou a ser dirigido pelo argentino Edward Lange, ex-Allianz, que veio com a missão de integrar as 25 operações adquiridas após a abertura de capital, em 2011.

Ela complementou ainda que “não tem interesse em fechar seu capital na bolsa”.

Gávea compra tudo
Vale lembrar ainda que a Gávea Investimentos já vem dando o que falar para outra ação na Bovespa: a Fleury (FLRY3). No começo do ano, a rede de laboratórios acumulou bons ganhos na Bolsa diante do interesse da gestora em comprar uma fatia do grupo. Contudo, ao longo de abril muitas notícias que indicavam um desfecho não tão feliz para a venda fizeram os papéis da Fleury caírem de R$ 18,50 para até R$ 14,30 – queda de mais de 20%. Atualmente, eles estão cotados na faixa de R$ 17,00, mesmo patamar visto na metade de fevereiro – antes de toda a especulação sobre sua venda.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.