Boeing fala em três reparos fundamentais do sistema do 737 Max

Fabricante de aviões prometeu a acionistas mudanças no MCAS, sistema considerado responsável pelos acidentes fatais

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A companhia aeroespacial Boeing apresentou a acionistas um plano de ação para lidar com os problemas do 737 Max, modelo de aeronave suspenso desde março deste ano após dois acidentes fatais em menos de cinco meses. Dentre os planos, que visam restaurar a confiança dos passageiros, pilotos e tripulação, a companhia menciona três reparos centrais no software de bordo. As informações foram obtidas pela CBS News.

Conhecido como MCAS, o software utilizado no modelo é considerado responsável pela falha que fez os pilotos perderem o controle das duas aeronaves acidentadas. O problema identificado foi que a ponta dos aviões apontava automaticamente para baixo logo após a decolagem.

Até pouco tempo atrás, a Boeing, que já perdeu mais de US$ 8 bilhões graças aos acidentes, estimava que o modelo estaria apto a voar normalmente (com todas as permissões da autoridade americana de aviação) já neste ano. Agora, representantes reconhecem a probabilidade de a meta não ser cumprida. A previsão dos reguladores é março de 2020.

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Na apresentação obtida pela CBS, a Boeing diz que o novo MCAS lê comandos de sensores de dois ângulos de ataque – o software só será acionado caso ambos os sensores informarem que o ângulo está alto demais. Originalmente, apenas um sensor o acionava.

Outra mudança será sobre o livre arbítrio dos pilotos para desativar o sensor após a ativação automática. Nesse caso, ele não será ligado automaticamente de novo – essa é a terceira mudança significativa no sistema.

A companhia disse aos acionistas que já realizou 1.850 horas de voo com a atualização do sistema e passou mais de 100.000 horas no desenvolvimento.

No Brasil, a única companhia aérea que possui aeronaves do modelo 737 Max em sua frota é a Gol.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney