BNDES vai comprar R$ 8,7 milhões em créditos de carbono de cinco empresas

Selecionadas em chamada pública de aquisição foram Biofílica, Solví, Sustainable Carbon, Carbonext e Tembici

Equipe InfoMoney

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai comprar R$ 8,7 milhões em créditos de carbono de cinco empresas. Elas participaram de uma chamada pública para aquisição de até R$ 10 milhões em créditos de carbono, para a qual foram apresentadas 11 propostas.

As empresas selecionadas foram Biofílica, Solví, Sustainable Carbon, Carbonext e Tembici, informou o banco.

Os créditos de carbono mensuram e precificam a redução ou a remoção de unidades equivalentes a uma tonelada de dióxido de carbono na atmosfera e contribuem para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. As empresas selecionadas desenvolvem projetos com parceiros que preveem a geração de créditos de carbono.

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Segundo comunicado do BNDES, a Biofílica Investimentos Ambientais atua em conjunto com a Associação dos Moradores de Reserva Extrativista Rio Preto – Jacundá e Ribeirinhos do Rio Machado (Asmorex). Elas apresentaram um projeto de conservação de 94.289 hectares de floresta amazônica em Rondônia.

A Carbonext Teconologia em Soluções Ambientais, por sua vez, desenvolve um projeto que prevê a conservação florestal e ações de desenvolvimento social e de  biodiversidade em Bujari, no Acre, em uma área de 20.669 hectares.

Já a Revita Engenharia atua em um projeto de geração de energia a partir de metano em aterro sanitário localizado em Quatá, em São Paulo. A Sustainable Carbon e a Cerâmica Gomes de Mattos, por sua vez, têm um projeto de substituição de combustível por biomassa renovável em Crato, no Ceará.

E a Tembici Participações, a Transportes Sustentáveis e a M2 Soluções em Engenharia atuam em parceria disponibilizando o serviço de bicicletas compartilhadas nos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro. O projeto está enquadrado como troca de combustível na matriz de transporte.

Após o processo de seleção, os projetos passarão por diligências que considerarão avaliações técnica e jurídica por equipes do BNDES.

Segundo o comunicado do banco, o mercado voluntário de carbono precisa crescer mais de 15 vezes até 2030 para permitir que empresas e instituições cumpram as metas previstas no Acordo de Paris para atingir equilíbrio entre emissão e remoção dos gases causadores do efeito estufa até 2050. Os dados são da Força Tarefa em
Escalonamento de Mercados Voluntários (TSVCM).

O BNDES deu início à chamada pública para aquisição de créditos de carbono em março, convidando proponentes a participar de um processo seletivo para apresentação de propostas técnicas e comerciais referentes a projetos de origem REDD+ (redução de emissões provenientes de desmatamento e degradação florestal), reflorestamento e energia.

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