BM&FBovespa mantém guidance de despesas para 2012, diz diretor executivo

Manutenção da projeção é justificada pelo fato da companhia ter optado por transferir R$ 15 milhões para a BSM no quarto trimestre

Paula Barra

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SÃO PAULO – A BM&FBovespa (BVMF3) decidiu não alterar o guidance de despesas de 2012, de R$ 560 milhões a R$ 580 milhões, disse Eduardo Refinetti Guardia, diretor executivo financeiro, corporativo e relações com investidores, em teleconferência realizada nesta quarta-feira (7).

Segundo ele, a manutenção da projeção é justificada pelo fato da companhia ter optado transferir R$ 15 milhões para a BSM, entidade que responde pela supervisão do mercado, no quarto trimestre.

“O orçamento da BSM é de R$ 32 milhões a R$ 35 milhões e ela precisará de um aporte de até R$ 15 milhões”, disse o executivo. Já no próximo ano, ele avalia que não haverá necessidade de transferência para a BSM, enquanto para 2014 ainda está em fase de discussão aportes adicionais. 

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Entre os meses de julho e setembro, as despesas da BM&FBovespa atingiram R$ 174 milhões, leve alta de 3,1% na comparação anual. Segundo o executivo, a empresa vai continuar trabalhando o controle de despesas nos próximos anos. “Nosso trabalho tem objetivo de revisar a estrutura de tarifação, buscando uma estrutura mais eficiente para todos os segmentos”, comentou.

Investimentos
Em relação aos investimentos, o executivo disse que a projeção de desembolsos este ano também será mantida. Isso porque embora o investimento da BM&FBovespa em nove meses, de R$ 124,2 milhões, esteja abaixo da projeção, de R$ 230 milhões a R$ 260 milhões, a empresa irá desembolsar cerca de R$ 80 milhões entre os meses de novembro e dezembro . 

“O capex (investimentos em bens de capital) está abaixo do esperado, mas temos alguns eventos que são concentrados nos últimos dois meses, que estão associados ao novo data center e conclusão da plataforma PUMA”, disse. A projeção de investimentos de 2010 a 2013 está mantida em R$ 1,1 bilhão. 

Já para a partir do próximo ano, a empresa ainda não definiu o capex, mas acredita que seguirá com um volume forte, visto que a companhia ainda tem uma grande quantidade de projetos para concretizar, avalia. Esse valor deve começar a reduzir, contudo, em 2014, mas o executivo reforça que tem convicção no retorno dos investimentos e que isso vai beneficiar o resultado financeiro da companhia nos próximos anos.