Bilionário André Esteves trabalha por fusão do BTG com o BofA, diz Veja; banco nega

Segundo o blog Veja Mercados, o bilionário brasileiro já foi a Nova York mais de uma vez nos últimos 60 dias para conversas com o CEO do BofA, Brian T. Moynihan

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SÃO PAULO – André Esteves está trabalhando para uma fusão do banco BTG Pactual (BBTG11) com o Bank of America Merrill Lynch, de acordo com informações do blog Veja Mercados.

Segundo o colunista Geraldo Samor, o bilionário brasileiro já foi a Nova York mais de uma vez nos últimos 60 dias para conversas com o CEO do BofA, Brian T. Moynihan. 

A operação se daria através de uma troca de ações, o que daria a Esteves uma posição no board do Bank of America, sendo algo parecido com a associação da Ambev (ABEV3) com a Interbrew, que iniciou a internacionalização da companhia e deu início à Inbev. O Bank of America vale US$ 180 bilhões na Bolsa e o BTG, cerca de US$ 9 bilhões no câmbio de hoje.

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A associação uniria a crescente presença do BTG na América Latina, a operação de commodities e os mais de US$ 200 bilhões em ativos sob a gestão do banco às atividades do BofA. Porém, conforme destaca o blog Veja Mercados, um dos obstáculos para a operação é a imensa operação de private equity do BTG, que não se encaixa no modelo de negócios do banco americano, ainda mais levando em conta o novo ambiente regulatório depois da crise de 2008.

Para Esteves, reinventar o BTG como parte “vibrante” de um dos maiores nomes do capitalismo global seria o ápice de uma biografia marcada por diversos trades que o levaram a ser um dos homens mais ricos do Brasil. 

A assessoria do BTG enviou posteriormente o seguinte e-mail para a Veja:  “O BTG Pactual nega as informações publicadas nesta terça-feira (16) no blog “Veja Mercados”, de Geraldo Samor, do site da Veja. O banco repudia o fato de não ter sido procurado para esclarecer as informações, sendo privado do seu direito de resposta.”

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.