Banco do Brasil pagará remuneração complementar de R$ 1,63 bilhão aos acionistas

Juros sobre capital próprio terá como base a posição acionária de 21 de fevereiro e será pago em 7 de março

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O Conselho de Administração do Banco do Brasil (BBAS3) aprovou a distribuição de JCP (juros sobre capital próprio) complementar no valor de R$ 1.630.972.721,96, sendo R$ 0,58551597122 por ação.

Esse valor corresponde a um dividend yield (valor do provento dividido pelo preço da ação) de 1,112%. O montante será atualizado, pela taxa Selic, da data do balanço (31 de dezembro) até a data do pagamento, em 7 de março. 

O JCP terá como base a posição acionária de 21 de fevereiro e o valor a ser pago será acrescentado ao dividendo mínimo obrigatório referente ao segundo semestre do ano passado.

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O crédito aos acionistas será será por meio de conta corrente, poupança-ouro ou por caixa. Aos acionistas com ações custodiadas na CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), os valores serão pagos à entidade, que os repassará aos acionistas titulares, por meio de seus respectivos agentes de custódia.

Como aproveitar?

Para ter direito aos proventos, é preciso comprar os papéis e segurá-los em sua carteira de investimentos até a ‘data-com’, ou seja, o último dia para estar apto a receber o pagamento – no caso, dia 21. A data “ex” é o dia 22 de fevereiro. 

Primeiro, é preciso abrir uma conta em uma corretora de valores credenciada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Lembre-se que quanto menor os custos operacionais, maior será a sua rentabilidade. Hoje, corretoras como a Clear oferecem taxa zero para corretagem de ações. 

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Uma vez com a conta aberta, basta transferir o dinheiro a ser investido de sua conta corrente para a conta da corretora e enviar uma ordem de compra de ações da empresa, informando a quantidade de ações que você deseja comprar.

Lucro maior

O Banco do Brasil, que encerrou nesta quinta a temporada de balanços dos grandes bancos de capital aberto no País, teve lucro líquido ajustado de R$ 3,845 bilhões no quarto trimestre do ano passado, cifra 20,6% maior que no mesmo período de 2017. Ante os três meses anteriores, de R$ 3,402 bilhões, foi 13% superior.

O lucro ajustado superou a maior estimativa dos analistas, segundo pesquisa Bloomberg, com projeções que variavam entre R$ 3,54 bilhões e R$ 3,83 bilhões, com uma mediana de R$ 3,69 bilhões. 

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O resultado trimestral do BB, de acordo com a instituição, reflete a queda nos gastos com calotes, as chamadas PDDs (provisões para devedores duvidosos), e crescimento de receitas com prestação de serviços e tarifas.

Em todo o ano de 2018, o lucro líquido ajustado do BB foi de R$ 13,513 bilhões, incremento de 22,2% na comparação com 2017, quando o resultado alcançou R$ 11,060 bilhões.

A carteira de crédito ampliada do BB fechou dezembro em R$ 697,324 bilhões em dezembro, aumento de 1,8% em um ano e de 1% em relação a setembro. O crescimento foi puxado, principalmente, pela pessoa física, com altas de 5% e 2,7%, respectivamente. Em contrapartida, os empréstimos para empresas se reduziram em 4,6% no quarto trimestre ante um ano antes e apresentaram leve alta de 0,6% na comparação com o quarto trimestre.

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O BB fechou dezembro com R$ 1,417 trilhão em ativos totais, cifra 3,5% maior ante um ano, mas 3,7% inferior em relação aos três meses antes. Seu patrimônio líquido foi a R$ 102,253 bilhões no quarto trimestre, alta de 3,6% e retração de 1,5%, respectivamente.

O retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) no quesito mercado do BB foi a 16,3% no quarto trimestre ante 14,3% no terceiro e 14,5% em um ano. No exercício de 2018, o indicador foi a 13,9% ante 12,3% de 2017. No conceito acionista, a rentabilidade do BB atingiu 17,8% ao final de dezembro contra 15,7% ao término de setembro e 16,0% em um ano. Em 2018, ficou em 15,1% ante 13,6% no exercício de 2017.

O lucro líquido do BB, considerando eventos extraordinários, foi a R$ 3,803 bilhões no quarto trimestre, aumento de 22,3% em relação ao mesmo período de 2017, de R$ 3,108 bilhões. No comparativo trimestral, quando ficou em R$ 3,175 bilhões, cresceu 19,8%. No ano de 2018, somou R$ 12,862 bilhões, elevação de 16,8% sobre 2017, quando atingiu R$ 11,011 bilhões.

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“O Banco do Brasil reportou um trimestre forte, com lucro crescendo 13% sequencialmente e 21% na base anual, principalmente por uma melhora da qualidade de crédito que atingiu níveis bastante saudáveis. Mais importante que isso, o banco deu o guidance para 2019, sendo o destaque positivo uma melhora bem forte de provisões (queda de 9% no ponto médio), o que pode levar o mercado a rever projeções de lucro para cima no ano”, afirmam os analistas do Credit Suisse.