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SÃO PAULO – A Vale (VALE3;VALE5) anunciou nesta quinta-feira (20) uma baixa de US$ 4,2 bilhões nos ativos de alumínio e níquel, que impactarão o resultado da companhia no quarto trimestre de 2012. A empresa concluiu a avaliação anual de Onça Puma e dos ativos de alumínio na Noruega, implicando no reconhecimento do “impairment” antes dos impostos, com impacto negativo no resultado contábil no quarto trimestre de 2012, informou a companhia em comunicado ao mercado.
De acordo com a companhia, os problemas com dois fornos de Onça Puma determinaram a paralisação total de suas operações de ferro-níquel desde junho de 2012. Depois de analisar o caso, a Vale optou por reconstruir um dos fornos, com custo de cerca de US$ 188 milhões em 2013, planejando a retomada da operação para o quarto trimestre de 2013.
Com isso e também diante da atual situação de mercado para ferro-níquel, a valoração de Onça Puma determinou a necessidade de reconhecimento de impairment antes de impostos de US$ 2,848 bilhões, informou a companhia. O valor contábil de Onça Puma era de US$ 3,778 bilhões em 30 de setembro de 2012.
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Incertezas macroeconômicas
A Vale ressaltou que, com a volatilidade dos preços do alumínio e as incertezas macroeconômicas sobre a economia na zona do euro contribuíram para que houvesse redução do valor de mercado da participação de 22% na Hydro ASA, produtora de alumínio da Noruega, a um nível inferior ao valor contábil de investimento.
Deste forma, com base nos preços das ações da Hydro em 30 de setembro de 2012, a companhia reconheceu impairment antes de impostos de US$ 1,3 bilhão, afetando o lucro no quarto trimestre.
De acordo com a companhia, os impairments anunciados não terão qualquer efeito no fluxo de caixa da Vale e serão tratados como itens excepcionais. A revisão anual de ativos será concluída em conjunto com a divulgação das demonstrações financeiras de 2012 em 27 de fevereiro de 2013.