Após subir 520% em 2 dias, Telebras liga alerta dos vendidos, que “secam” BTC

Segundo operadores, vendidos correram para ação após notícia de fusão na semana e já não há mais como alugar o papel

Paula Barra

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SÃO PAULO – Não foram apenas os “compradores” que se animaram com uma microcap, que parecia esquecida na Bovespa, nesta semana. A disparada da Telebras (TELB4) de até 520% em apenas dois dias ligou o alerta também daqueles que operam na ponta vendedora do mercado.

Enquanto muitos corriam para comprar os papéis da companhia, outros iam direto para o mercado de aluguel da Bovespa – usado por quem quer operar vendido em uma ação, acreditando, portanto, na sua queda. 

Da última sexta para o fechamento de segunda-feira, quando saiu a notícia que provocou a euforia do mercado, o aluguel com a ação da Telebras saltou de 17,5%, para 121,4 mil – movimento que se seguiu nos dias posteriores, segundo informações do site Dados da Bolsa. Em apenas 4 dias, o aluguel com a ação disparou 67%, contra uma estabilidade vista nos 21 pregões anteriores. Um movimento que pode se seguir para os próximos dias, diante da forte oscilação que a ação registra nesta sessão, operando na Bolsa entre leilões. 

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Em nota a clientes hoje, a XP Investimentos destacou que, após a notícia, o aluguel com a ação da Telebras registrou uma demanda pontual, mas que deixou o mercado de BTC – mercado de aluguel da Bovespa – “seco”. “Não há ações disponíveis para aluguel”, destacam operadores. 

O que o mercado está de olho é em uma reportagem da Folha de S. Paulo, divulgada na segunda-feira, que trazia no título: “Governo estuda fusão para criar megaestatal de TI e telecomunicações”. Por conta de especulações sobre uma fusão entre as estatais Telebras, Serpro e Dataprev, os papéis da companhia atingiram o patamar de R$ 3,47 na terça-feira, mas perderam força.

Com o mercado abrindo apostas em todos os sentidos, depois que a empresa disse que desconhecia negociação sobre fusão, a força vendedora ganhou força e as ações começaram a corrigir, depois de ter alcançado na máxima de terça-feira (R$ 3,47) valorização de 520% em 2 dias.

Nesta sessão, no entanto, os papéis retomam ganhos na Bolsa, com alta de 89,19%, a R$ 2,10, segundo cotação das 12h33 (horário de Brasília), levando a valorização na semana para 290%. 

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