Após leilão estendido, ações da Oi disparam com aprovação de venda de ativos

Na noite de ontem, os acionistas da Portugal Telecom SGPS aprovaram a venda dos ativos portugueses da Oi para a Altice por 7,4 bilhões de euros

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após ficar em leilão de abertura até 10h28 (horário de Brasília), as ações da Oi (OIBR4) abriram com alta de 10%, estendendo os ganhos do dia anterior e com euforia após a aprovação da venda de seus ativos portugueses para a francesa Altice. Às 10h51, os papéis preferenciais da companhia tinham ganhos de 10,34%, a R$ 7,47, enquanto os ordinários avançavam 10,41%, para R$ 7,85. Na semana, as ações da Oi têm alta de mais de 50%.

Na noite de ontem, os acionistas da Portugal Telecom SGPS aprovaram a venda dos ativos portugueses da Oi para a Altice por 7,4 bilhões de euros, apesar da oposição de alguns acionistas minoritários. O acordo de venda deve permitir à Oi a reduzir sua dívida e participar ativamente de um eventual processo de consolidação do mercado brasileiro, o que deve beneficiar a Portugal Telecom SGPS, principal acionista da Oi, no longo prazo.

“Houve um debate emocional, mas foi uma decisão dos acionistas com ampla maioria”, disse o presidente-executivo da Portugal Telecom SGPS, João Mello Franco. Em comunicado, a Oi declarou considerar acertada a decisão dos acionistas, entendendo que a medida gera mais valor para todos os acionistas.

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A aprovação da venda dos ativos portugueses da Oi ao grupo francês Altice abre caminho para a realização de uma oferta pela TIM Participações no curto prazo, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto.

Segundo a fonte, a melhora na situação financeira da Oi após a venda permitirá que o BTG Pactual, banco contratado no ano passado pela Oi como comissário mercantil, avance em uma oferta pela TIM em conjunto com Claro e Telefônica Vivo.  “Qualquer oferta para consolidação vai ser bem pensada. E agora com a situação equacionada do ponto de vista financeiro, será possível implementar uma oferta pela TIM (…) Vai ser no curto prazo”, disse a fonte, sem mencionar valores.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.