Após 11 anos no conselho da Petrobras, Gerdau não consegue reeleição; “estou tranquilo”

Embora ocupasse a vaga de representante dos minoritários, o executivo costumava votar em linha com as propostas dos representantes do governo na companhia

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A vitória inédita dos acionistas minoritários da Petrobras (PETR3; PETR4), que conseguiram eleger pela primeira vez dois candidatos próprios a duas vagas ao conselho composto por dez membros trouxe uma amarga derrota a Jorge Gerdau Johannpeter, executivo que ocupava o cargo há 11 anos. Para a vaga do também presidente do conselho da siderúrgica Gerdau (GGBR4), os acionistas detentores dos papéis preferenciais da estatal elegeram José Guimarães Monforte, ex-executivo do Citibank e fundador da Pragma Gestão de Patrimônio.

Nesta sexta-feira (4), um dia após a perda de um posto ocupado por longa data, a Gerdau enviou uma nota ao mercado classificando a eleição da assembleia da Petrobras como decisão natural de um processo democrático. “Jorge Gerdau recebeu a decisão com absoluta tranquilidade, como um processo normal e democrático, seguindo as boas normas de governança. Trata-se de uma evolução natural e sadia de renovação após onze anos de participação no conselho de administração, no qual Jorge Gerdau buscou contribuir com sua vivência empresarial”, afirmou a siderúrgica.

Embora ocupasse a vaga de representante dos minoritários, o executivo costumava votar em linha com as propostas dos representantes do governo na companhia – fator que pode ter contribuído para que se votasse para o fim de seu ciclo na estatal. O conselho da Petrobras conta com 7 cadeiras ocupadas pelo governo, 2 por minoritários e 1 indicada pelos trabalhadores.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.