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SÃO PAULO – Apesar do prejuízo líquido de R$ 130,9 milhões no 2º trimestre, o bom resultado operacional da Minerva (BEEF3) contribuiu para que o Barclays e Bank of America Merrill Lynch revisassem para cima suas estimativas para as ações da companhia, indo desde aumento do preço-alvo até elevação de recomendação. O mais conservador foi o Deutsche Banke, que apenas manteve seu call para a ação de compra.
Um ciclo favorável beneficia os frigoríficos, uma vez que aumenta o abastecimento de gado, pressionado pelos preços baixos e elevação da capacidade utilizada – o que contribui para a expansão das margens, comenta o analista Gabriel Vaz de Lima, do Barclays. Todos os principais indicadores apontam um ciclo positivo no setor, reforça.
Os três bancos de investimentos esperam que a margem Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização sob Receita Líquida) cresça em média 10% nos próximos dois anos, depois de ter mostrado um crescimento na margem de 2,0 pontos percentuais no segundo trimestre.
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Os analistas Rebeca Sarmiento e Jose Yordan, do Deutsche Bank, ressaltam o bom resultado operacional da companhia entre abril e junho, que apresentou expansão da margem bruta de 4,65 pontos percentuais, enquanto as despesas com SG&A (Vendas Gerais e Administrativas) caíram consideravalmente no período. O Ebitda (Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) foi de R$ 113 milhões, acima do esperado pelos analistas dos três bancos de investimentos.
Revisões para as ações BEEF3
Como resultado, os analistas Fernando Ferreira e Isabella Simonato, do BofA, elevaram o preço-alvo dos papéis, de R$ 9,00 para R$ 11,00, mas mantiveram a recomendação de manutenção. Segundo eles, a companhia mostrou forte resultado, o que deve sustentar o desempenho das ações no curto prazo. O novo preço-alvo garante potencial teórico de valorização de 14,46% frente o fechamento da última quinta-feira (9).
No ano, as ações registram forte rali de alta e praticamente dobraram de valor – enquanto o Ibovespa mostra avanço de cerca de 4%. Além disso, eles comentam que o múltiplo EV/Ebitda (valor da empresa em relação à sua geração operacional de caixa) está em 5,4 vezes para 2013, em linha com a média histórica.
Com isso, os papéis BEEF3 continuam como a preferência dos analistas do BofA no setor, com importante benefício do aumento do abastecimento e preços baixos do gado, um insumo para a companhia, o que pode favorecer as exportações para o oriente da companhia, que representa de 60% a 65% da sua receita.
Na mesma linha, o analista do Barclays elevou a recomendação dos papéis, de equalweight (desempenho em linha com a média do mercado) para overweight (desempenho acima da média), assim como o preço-alvo, que foi de R$ 5,80 para R$ 12,00, um aumento de mais de 100%. Esse novo preço-alvo projeta alta potencial de 24,87% frente ao último fechamento.
Confira as recomendações dos bancos para a companhia:
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| Bancos | Recomendação | Preço-alvo | Upside* |
|---|---|---|---|
| Bank of America | Manutenção | R$ 11,00 | 14,46% |
| Barclays | Overweight | R$ 12,00 | 24,87% |
| Deutsche Bank |
Compra |
R$ 13,30 | 38,40% |
*Upside: potencial de valorização em relação ao fechamento da última quinta-feira (9)