Ambev descarta entrada no Novo Mercado com reestruturação societária

Nova estrutura acionária também não visa futura oferta de ações, garante diretor de RI da companhia

Mariana Mandrote

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Atualizada às 11h00 (horário de Brasília)

SÃO PAULO – A reestruturação societária da Ambev (AMBV4) não inclui a migração da companhia para o Novo Mercado da BM&FBovespa, afirmou nesta segunda-feira (10) o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Nelson Jamel.

“O objetivo é fechar gaps contra nossos principais pares globais. Entre as oito principais companhias de bebidas no mundo, só nós temos mais de um tipo de ação”, afirmou o executivo em teleconferência com a imprensa.

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Jamel acrescentou que a companhia também não pretende realizar uma oferta de ações, caso os minoritários aprovem a reorganização societária. “Procuramos desenhar uma transação que atingisse muitos objetivos ao mesmo tempo, mas que não inclui nenhum tipo de oferta de ações”, garantiu.

Durante a apresentação, Jamel reforçou que a proposta tem por objetivo simplificar a estrutura societária, aprimorar a governança corporativa, aumentar a liquidez para todos os acionistas, eliminar custos operacionais e administrativos, bem como aumentar a flexibilidade para a gestão da estrutura de capital da empresa.

Cinco empresas do grupo Ambev deixarão de existir após a reestruturação, de acordo com o executivo. Ele não citou os nomes das empresas e nem o quanto a companhia espera economizar com a reorganização. Porém, Jamel adiantou que a operação deve gerar um benefício fiscal de R$ 105 milhões à companhia. 

Com a nova estrutura, a empresa – que tem hoje ações ordinárias e preferenciais – terá apenas as ordinárias. A proposta, que depende da obtenção de registros perante a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e da SEC (Securities and Exchange Commission, a CVM dos Estados Unidos), será encaminhada aos acionistas da companhia em assembleia geral extraordinária programada para maio de 2013.