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SÃO PAULO – Na última quinta-feira (30), a Amazon divulgou os resultados do primeiro trimestre, que lá enquadra os meses de janeiro a abril: a receita da varejista subiu 26%, para US$ 75,5 bilhões, uma vez que a quarentena, causada pela Covid-19, elevou a demanda por seus serviços de entrega. Ainda, Jeff Bezos informou que o lucro do próximo trimestre será destinado integralmente ao combate do coronavírus.
“Se você é acionista da Amazon, talvez queira sentar-se, porque não estamos pensando pequeno. Em circunstâncias normais, no próximo trimestre, esperamos obter US$ 4 bilhões ou mais em lucro operacional. Mas não são circunstâncias normais. Em vez disso, esperamos gastar essa totalidade, e talvez um pouco mais, em despesas relacionadas à pandemia de coronavírus, levando produtos aos clientes e mantendo os funcionários seguros”, disse.
Os investimentos serão destinados entre outras coisas para equipamentos de proteção individual para os milhares de trabalhadores da Amazon, “limpeza aprimorada” das instalações da empresa, salários mais altos para trabalhadores por hora e “centenas de milhões” de dólares para a Amazon desenvolver testes próprios de coronavírus.
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A atitude vem também após críticas de que a empresa não o conseguiu proteger os seus funcionários em meio à Covid-19.
A Amazon já foi forçada a aumentar temporariamente o salário dos trabalhadores da linha de frente em US$ 2 por hora, mesmo tendo contratado 100 mil novos empregados para seus armazéns em todo os EUA.
Os investimentos também serão direcionados à correção de pedidos em atraso de remessas que têm entregas que costumavam chegar em dias antes da pandemia, e que agora chegam em semanas.
Lucro caiu, mas patrimônio de Bezos aumentou
Neste primeiro trimestre, o lucro líquido foi de US$ 2,5 bilhões, ou US$ 5,01 por ação: o que representa uma queda de 30% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, em meio aos custos desse momento.
Nesta segunda-feira (4), as ações da Amazon caíam 1,06% cotadas a US$ 2.261 às 10h40.
Apesar dos ganhos mais baixos, Bezos viu seu patrimônio líquido crescer mais de US$ 40 bilhões durante a pandemia de coronavírus, com os americanos recorrendo à Amazon para todas as suas necessidades de consumo durante a quarentena.
O homem mais rico do mundo terminou a última quinta-feira com um patrimônio líquido de US$ 147 bilhões, acima dos US$ 106 bilhões que ele possuía no fim de janeiro.
