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Alice quer reduzir custos para transformar o mercado de saúde do Brasil

Gestora de saúde fundada em 2020 é convidada da edição do ‘Zero ao Topo Especial XP Empresas’

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André Florence, CEO da healthtech Alice

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Cerca de 23% da população do país tem acesso à saúde privada no Brasil, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Para André Florence, CEO da Alice, esse dado revela uma realidade que a empresa trabalha para mudar e transformar o mercado de saúde no Brasil.

“A maior parte da população depende do SUS, que apesar de ser um sistema robusto sofre com falta de investimento e tecnologia. Então, nós da Alice, entendemos que a solução é aumentar o acesso ao sistema de saúde privado e a chave desta equação é reduzir custos. Estamos trabalhando para isso”, diz, durante a participação neste episódio Zero ao Topo Especial XP Empresas.

A Alice é uma healthtech que opera desde julho de 2020 e foi fundada por Matheus Moraes (ex-CEO da 99), André Florence (ex-CFO da 99) e Guilherme Azevedo (cofundador da Dr. Consulta). Eles definem a empresa como uma gestora de saúde e visam revolucionar o mercado para que mais pessoas possam pagar por planos privados.

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André ajuda a compreender o contexto brasileiro. “A falta de acesso à saúde privada não é um problema de infraestrutura. Para se ter uma ideia, o número de leitos privados no país aumentou 10% desde 2014, mas o número de pessoas com acesso continua estável na casa dos 50 milhões de usuários. Enquanto isso, o preço dos planos de saúde aumenta uma média de 15% ao ano, o que para a maioria é inviável acompanhar”, diz.

As operadoras de saúde ganham mais?

Apesar da sensação de que as operadoras de saúde estão ganhando mais dinheiro, André explica que isso não é necessariamente verdade. “A receita das operadoras aumenta, mas não cresce a margem de lucro, uma vez que os custos também têm elevação ano a ano. O que a gente vê é uma escalada de custos repassada para os clientes, uma alta bem maior que a inflação, e as pessoas não conseguem ter acesso. Isso acontece por conta do número de procedimentos realizados de maneira não pertinente do ponto de vista médico. É um setor que foi criado com incentivos distorcidos”, afirma.

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Segundo o CEO, a Alice quer resolver esse problema e está criando um novo sistema. A começar pelo nome, que reforça a humanização e a ideia de proximidade, de conhecer quem é a responsável pela saúde do paciente, os quais a empresa chama de membros.

“Na história da Alice no país das maravilhas, todos os dias, ela acredita em seis coisas impossíveis antes do café da manhã. Assim como nós, que trabalhamos todos os dias, pautados em seis valores, para mudar o sistema de saúde brasileiro. Somos sonhadores como a Alice”, diz André.

Mais que o nome, a empresa possui 600 colaboradores, 11 mil membros em São Paulo, sendo que o público empresarial responde por 10% do total, duas unidade da Casa Alice, 15 hospitais na rede da capital e hospitais parceiros em todos os estados do Brasil. Toda a estrutura visa diferenciar a Alice dos planos de saúde, pois a empresa quer ir além de intermediar financeiramente os procedimentos médicos, quer criar uma jornada de saúde com cada membro.

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“Mais do que intermediários, nós somos atores de saúde, oferecemos uma experiência desde o minuto da contratação, que é toda online e só depende de uma assinatura em folha impressa. Um plano de saúde tradicional é uma carteirinha que você recebe, paga mensalidade e se vira para cuidar da sua saúde. Na Alice a gente não quer que seja assim, nós temos uma jornada de contato direto com as pessoas”, afirma.

O contato começa via texto pelo app, como se fosse whatsapp, depois pode virar chamada de voz, ligação de vídeo, ou atendimento presencial, de acordo com a gravidade. “Cerca de 75% dos atendimentos já são resolvidos via mensagem de texto, com a máxima eficácia. Isso ajuda a reduzir custos e aumentar o acesso”, diz André.

Mas antes mesmo que a pessoa precise de um atendimento, quando contrata os serviços da empresa, já se inicia um trabalho proativo com um onboarding, em que se preenche um questionário que resulta em um score de saúde, de 0 a 1000 pontos, baseado em ciência. “Daí nós damos um guia e mostramos os pontos de melhoria. A partir disso, a equipe Alice sugere os próximos passos, a gente não deixa o paciente passivo. Sugerimos exames, que são prescritos pelo app e realizados em nossas unidades da Casa Alice, em Moema ou Pinheiros”, explica.

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Com os resultados, o profissional avalia e dá os próximos passos, ou pede mais exames ou inicia um tratamento. Quando há necessidade de atendimento de emergência, a pessoa pode ir a um hospital parceiro da rede, chamado de comunidade, mas já chega lá com indicação e prontuário preenchido.

“Depois, todos os dados do atendimento são incluídos no app e tudo continua dentro da jornada Alice. A gente segue acompanhando a recuperação, validando medicamentos e corrigindo rotas em casos específicos. Temos um time que tem enfermeiros, médicos e profissionais das áreas de nutrição, preparador físico, psiquiatra, uma equipe multidisciplinar. Nosso foco é cuidar de toda saúde daquele paciente, de modo que ele não precise buscar outros profissionais”, afirma.

Os planos para crescer

Em plena expansão ao longo de 2020 e 2021, em 2022, a Alice colocou o pé no freio. Depois de receber quase US$ 200 milhões de investimentos em três rodadas, um recorde para a América Latina, a companhia precisou rever a rota no ano passado.

“A gente teve uma escalada grande, mas por conta da crise de liquidez que impactou o Brasil e do cenário macroeconômico desenhado, por mais caixa que a gente tivesse, decidimos frear a expansão e investir na qualidade para os membros atuais e não em trazer mais membros”, diz André, que garante que os planos para 2024 incluem acelerar a expansão.

Para isso, a companhia conta com a parceria da XP Empresas. “Nós mantemos investimentos em fundos e a XP Empresas tem nos ajudado bastante, a tendência é aumentar a parceria uma vez que temos projetos no forno. O mais importante é que temos uma conexão de propósitos de transformar o setor onde a gente atua. Acredito que pessoas que têm uma vida financeira saudável têm a tendência de ter uma vida de mais saudável também. Mudar a vida das pessoas com educação e saúde é o caminho”, diz.

A Alice foi a empresa convidada para a edição do Zero ao Topo, podcast da InfoMoney. A íntegra do bate papo pode ser conferida aqui.

O programa também está disponível em vídeo no YouTube ou nas plataformas de áudio ApplePodcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox e Amazon Music.

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