Agência da UE inicia análise em tempo real de vacina contra Covid-19 da AstraZeneca

Assim que a análise for finalizada, a Agência Europeia de Medicamentos fará recomendações finais à Comissão Europeia, que tem a palavra final na aprovação

Reuters

(Getty Images)

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(Reuters) – A agência reguladora de saúde da Europa comunicou nesta quinta-feira que iniciou uma análise contínua da vacina experimental contra Covid-19 da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, uma medida que visa acelerar qualquer processo de aprovação futuro.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) disse que seu comitê de medicamentos para humanos começou a avaliar a primeira leva de dados da vacina e que continuará a fazê-lo até dados suficientes estarem disponíveis e um pedido formal ser apresentado.

A notícia aumenta as chances de a vacina ser a primeira a ser aprovada na região, e chega poucas semanas depois de vários testes globais da vacina serem suspensos devido a uma doença inexplicável em um participante do estudo.

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Na quarta-feira, a Reuters noticiou que os testes norte-americanos ainda estão em análise e que as agências reguladoras estão ampliando seu inquérito.

“Isto (a análise da EMA) não significa que já se possa chegar a uma conclusão sobre a segurança e a eficiência da vacina, já que grande parte dos indícios ainda será submetida ao comitê”, disse a agência.

Dados de estágios iniciais de julho mostraram que a vacina provocou reações imunológicas em testes clínicos e não causou nenhum efeito colateral grave, sendo que as reações mais fortes ocorreram em pessoas que receberam duas doses. Dados sobre testes de estágio avançado são esperados em breve.

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Assim que a análise for finalizada, a EMA fará recomendações finais à Comissão Europeia, que tem a palavra final sobre as aprovações –normalmente a comissão segue o aval da EMA.

A EMA iniciou meses atrás uma análise em tempo real semelhante do Veklury, da Gilead, como possível tratamento para Covid-19, e o tratamento antiviral recebeu uma aprovação condicional para uso em julho.

(Por Pushkala Aripaka em Bengaluru)