Acordo da Eletrobras com chinesa, refinanciamentos da Cemig, nova proposta da PDG e mais 11 notícias

Confira as principais notícias do radar corporativo neste feriado

Marcos Mortari

Usina Hidrelétrica de Tucuruí *** Local Caption *** Comportas abertas da usina de Tucuruí

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SÃO PAULO – Com a B3 fechada por conta do feriado do Dia da Consciência Negra, os investidores devem monitorar com atenção o movimentado noticiário corporativo e o movimento das ADRs (American Depositary Receipts) de empresas brasileiras negociadas em Wall Street para evitar surpresas desagradáveis e aproveitar as oportunidades que a reabertura do mercado acionário brasileiro pode oferecer na terça-feira (21).

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Confira os destaques das empresas:

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Cemig (CMIG4)
As subsidiárias integrais Cemig GT e Cemig D celebraram com seus principais bancos credores um acordo para refinanciar seus endividamentos de curto e médio prazos, em um montante de até R$ 4 bilhões. Segundo comunicado da companhia, o acordo envolve a substituição de dívidas que vencem a partir de 2017 por novas dívidas com amortizações em 36 parcelas mensais a partir de janeiro de 2019, no caso da Cemig GT, e a partir de julho de 2019, no caso da Cemig D.

Os ADRs da companhia negociados em Wall Street disparam mais de 5% neste pregão.

Frigoríficos

A Rússia irá impor restrições temporárias às importações de carnes bovina e suína do Brasil a partir de dezembro. O país é o maior importador de carne suína do Brasil e ocupa a quarta posição no ramo bovino, segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes). O anúncio ocorre uma semana após a agência de segurança alimentar do país, a Rosselkhoznadzor, dizer ter encontrado o aditivo ractopamina em alguns carregamentos brasileiros.

Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que as restrições russas se referem apenas a algumas empresas e que essas companhias devem corrigir o problema identificado. “Se alguma empresa fraudou, deixou passar ou não conseguiu controlar isso, cabe a eles fazerem essas adequações”, afirmou.

Eletrobras (ELET3; ELET6)
A companhia informou ao mercado que a subsidiária Eletrosul assinou um acordo estruturante com a Shangai Electric Group. A iniciativa tem por objetivo a transferência de 100% dos empreendimentos de transmissão de energia elétrica, bem como as condições para a constituição de parceria futura para a Sociedade de Propósito Específico a ser criada pela companhia chinesa. A operação, contudo, ainda depende do aval dos órgãos reguladores brasileiros.

Petrobras (PETR3; PETR4)
A estatal informou o início da fase não vinculante referente ao processo de desinvestimento de 100% das ações da POGBV (Petrobras Oil & Gas B.V.). Ainda segundo a Petrobras, os interessados que tiverem assinado o Acordo de Confidencialidade receberão um memorando descritivo contendo informações mais detalhadas sobre a operação, “incluindo as orientações para elaboração e envio das propostas não vinculantes”.

Vale (VALE3; VALE5)
A Vale informou a celebração de um acordo de compra de cotas com a Yara International ASA, para a venda de sua subsidiária integral Vale Cubatão Fertilizantes, que atualmente detêm e opera os ativos de nitrogenados e fosfatados localizados em Cubatão, litoral de São Paulo.

O preço de aquisição é de US$ 255 milhões a ser pago em dinheiro mediante a conclusão da transação contemplada pelo acordo de compra, prevista para o segundo semestre de 2018. A consumação da transação está sujeita à satisfação de várias condições, incluindo a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Ainda segundo a companhia, não há decisão de adiar a venda de fatia na mina Nova Caledônia. De acordo com comunicado ao mercado, o processo para encontrar um novo parceiro na mina de níquel está em andamento.

Oi (OIBR3; OIBR4)
O juiz da 7.ª Vara Empresarial do Rio, Fernando Viana, responsável pelas decisões relativas ao processo de recuperação judicial da Oi, determinou que os novos diretores estatutários eleitos em reunião do conselho no último dia 3 de novembro se abstenham de decisões relacionadas ao processo.

O juiz afirma, na sentença, que os diretores — que também são conselheiros, o que poderia, segundo Viana, configurar conflito de interesse — não devem participar da elaboração e negociação do plano. Embora tenha retirado os diretores de certas decisões, ele negou o pedido de credores internacionais de suspender suas nomeações. A decisão de refere aos diretores Hélio Calixto Costa e João Vicente Ribeiro, ligados ao fundo Société Mondiale, de Nelson Tanure, e a Pharol, maior acionista individual da Oi.

A entrada desses executivos veio na sequência de discussões sobre um plano de recuperação para a Oi no qual os atuais acionistas – incluindo o fundo ligado a Tanure e a Pharol – seriam remunerados para participar do aumento de capital da companhia. Isso gerou grande ruído, pois previa-se desembolso da tele apesar da situação financeira da companhia, que tem dívida total de R$ 64 bilhões.

A discordância sobre a situação chegou a causar rumores de que o presidente da Oi, Marco Schroeder, deixaria o cargo. Ele, o diretor administrativo e financeiro, Carlos Brandão, e o diretor jurídico, Eurico Teles Neto, também são atualmente diretores estatutários.

PDG Realty (PDGR3)
A PDG Realty, do setor construção, e a PDG Companhia Securitizadora apresentaram na sexta-feira um novo plano de recuperação judicial. Segundo as empresas, que não deram mais detalhes sobre as mudanças, a elaboração do plano reflete ajustes que resultaram de negociações mantidas entre o Grupo PDG e seus credores ao longo das últimas semanas. O processo de recuperação judicial das empresas envolve ainda as demais 510 sociedades integrantes do seu grupo econômico.

O diretor presidente da PDG Realty, Vladimir Ranevsky, afirmou no início do mês que acreditava na aprovação do plano de recuperação na assembleia geral de credores. A primeira convocação está marcada para dia 22, e a segunda, para o dia 30.

Sanepar (SAPR4)
A Companhia de Saneamento do Paraná, Sanepar, informou que foi atingida a adesão mínima de 40% das ações preferenciais de emissão da companhia para o programa de conversão em units. Diante disso, a empresa confirmou que o programa de emissão de units será efetivamente implementado.

O Segundo Período de Conversão, para os demais acionistas que ainda não solicitaram a conversão de suas respectivas ações, iniciará em 21 de novembro. A empresa ainda ressaltou que irá informar no futuro qual foi o percentual total de adesão que foi atingido.

Copel (CPLE6)
A Copel pediu adesão ao programa de units da Sanepar. A Copel Holding solicitou a conversão de 7,27 milhões de ações preferenciais em ordinárias e a formação de 7,27 milhões units. Enquanto isso, a Copel Comercialização solicitou a conversão de 6,37 milhões de ações ordinárias em preferenciais e formação de 1,59 milhões units.

A Copel Holding detém 7,2% de participação nas ações da Sanepar e a Copel Comercialização detém 1,6%.

BR Malls (BRML3)
A BR Malls convocou uma Assembleia Geral para o dia 13 de dezembro para deliberar sobre incorporação da EPI (Empresa Patrimonial Industrial IV), cujo capital é 100% detido pela BR Malls, informou a companhia em comunicado.

Randon (RAPT4)
A companhia informou que sua receita líquida consolidada aumentou 7% no acumulado de janeiro a outubro em relação a igual período no ano anterior, para R$ 2,4 bilhões. A receita líquida consolidada atingiu a marca de R$ 291 milhões em outubro, em um salto de 34% em comparação com o mesmo mês em 2016. A receita bruta total, por sua vez, atingiu R$ 417 milhões no mês, em um salto de 38,8%. No acumulado do ano, a métrica totalizou R$ 3,4 bilhões — 9,5% a mais que igual período no ano anterior.

Fras-le (FRAS3)
A companhia informou que sua receita líquida consolidada em outubro atingiu a marca de R$ 74 milhões, o que corresponde a uma alta de 7,6% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado de 2017, o indicador totalizou R$ 685,3 milhões, ou 0,2% abaixo do resultado entre janeiro e outubro de 2016.

Whirlpool (WHRL4)
A Whirlpool, dona das marcas Consul e Brastemp, e também fabricante de compressores, é uma das 50 maiores exportadoras de manufaturados do País. A empresa viu suas vendas externas de compressores para refrigeração caírem 40% nos últimos cinco anos. A falta de competitividade dos equipamentos produzidos pelo grupo no Brasil fez a maior fabricante e exportadora de compressores do País perder o mercado americano nesse período.

(com Agência Estado)

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.