Ação da Fleury sobe forte com notícia de 3 possíveis “compradores” da empresa

Segundo fontes da Bloomberg, os fundos Carlyle e KKR estariam disposto a pagar US$ 1,2 bilhão pela companhia; Gávea Investimentos e o private equity Apax Partners LLP também estariam na briga

Paula Barra

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SÃO PAULO – A notícia veiculada pela Bloomberg citando que três compradores estariam disputando a compra da Fleury (FLRY3) repercutiu no preço das ações da companhia na Bovespa nesta segunda-feira (6). Às 10h22 (horário de Brasília), os papéis da rede de laboratórios subiam 3,26%, a R$ 19,00. Mais cedo, eles chegaram a valer R$ 19,23, indicando alta de 4,2% em relação ao fechamento anterior.

Segundo a notícia, que cita três pessoas familiarizadas no assunto, os fundos de private equity, Carlyle e KKR, estão em conversas para adquirir a empresa, em um negócio que pode chegar a US$ 1,2 bilhão. Mais dois candidatos também estariam na disputa: a gestora de recursos Gávea, do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e o fundo de private equity Apax Partners LLP, disseram as fontes à agência de notícias.

A Gávea atualmente é sócia minoritária do laboratório Hermes Pardini, que compete com o Fleury no serviço de diagnóstico médico. Segundo a publicação, a Gávea sozinha, no entanto, não teria forças o suficiente para “tomar” o controle do Fleury sem um outro investidor, comentaram quatro fontes.

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Desde setembro, analistas reduziram suas projeções de lucro da empresa, com a necessidade de corte nos custos para enfrentar a competição dos laboratórios e hospitais. Segundo relatório do Votorantim de 15 de dezembro, a desaceleração no crescimento dos negócios de medicina diagnóstica e a falta de habilidade para transferir os altos custos aos consumidores são os riscos da indústria. 

Na penúltima semana de dezembro, a Dasa (DASA3), concorrente do Fleury, confirmou a oferta pública de ações pela Cromossomo Participações, que pretende adquirir de 82.362.124 papéis – correspondentes a 26,41% mais uma ação do capital social da empresa – até a totalidade dos ativos. Oferta pode chegar a mais de R$ 3,5 bilhões pela Dasa.