2017 será grande ano para IPOs no Brasil, diz presidente da BM&FBovespa

Segundo Edemir, a operação da Alliar demonstra que a confiança voltou ao mercado de capitais

Estadão Conteúdo

Publicidade

O próximo ano deverá ser o “ano para IPOs” no Brasil e há chances de que, daqui para frente, o País volte a ter um número médio de aberturas de capital próximo ao que se via no passado, de cerca de 25, disse o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Nesta sexta-feira, 28, começaram a ser negociadas as ações da empresa de diagnósticos Alliar, o primeiro IPO desde junho do ano passado.

Segundo Edemir, a operação da Alliar demonstra que a confiança voltou ao mercado de capitais. Prova disso seria a forte presença de investidores estrangeiros na oferta, da ordem de 60% do total, segundo dados preliminares. No total, o IPO da Alliar movimentou R$ 766 milhões, em uma oferta primária e secundária.

No ano, a entrada de capital estrangeiro em Bolsa soma R$ 17 bilhões, sendo que, no melhor ano, esse montante chegou a R$ 25 bilhões.

Continua depois da publicidade

Para 2016, o executivo disse que pode ocorrer ainda uma oferta. Na CVM há três pedidos de registro de oferta, a da Tenda, a da Sanepar, nesse caso um re-IPO, e a Log Commercial. Mas no caso dessa última, a oferta já foi empurrada para 2017. Segundo fontes, a chance maior para ofertas de ações neste ano são de subsequentes pela instrução de distribuição de ofertas restritos, que são mais flexíveis e não exigem registro junto à CVM.

O presidente da BM&FBovespa disse ainda que, como o Brasil ainda tem baixa poupança, as ofertas dependem dos estrangeiros para serem viabilizadas. Dessa forma, para o executivo, um risco para os IPOs no Brasil seria uma crise externa. A elevação dos juros nos Estados Unidos, segundo ele, já é um movimento precificado e não deve trazer maiores efeitos.