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Mark Zuckerberg apresentou nesta quarta-feira (17) o Meta Ray-Ban Display, primeiros óculos inteligentes da empresa com tela integrada, durante a conferência anual Meta Connect.
O executivo afirmou que o produto é um passo central na estratégia de transformar os wearables em dispositivos capazes de substituir smartphones e servir de interface para a chamada “superinteligência” — inteligência artificial com capacidade superior à humana.

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A proposta é ambiciosa: os óculos exibem mensagens de texto, chamadas de vídeo e respostas do assistente de IA da Meta diretamente nas lentes. O controle é feito por uma pulseira que capta movimentos da mão, que Zuckerberg descreveu como “o primeiro dispositivo neural mainstream”. O produto será vendido a partir do fim do mês por US$ 799.
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Uma aposta de alto custo
O lançamento ocorre após o recuo da Meta em relação ao metaverso, aposta multibilionária de 2021 que não conseguiu adesão do público e sofreu com limitações técnicas.
Agora, Zuckerberg busca consolidar a Meta como líder em inteligência artificial — em um movimento que inclui a criação do Meta Superintelligence Lab, reestruturação de equipes e ofertas de bônus de até US$ 100 milhões para atrair pesquisadores de rivais como Google e OpenAI.
Apesar da apresentação chamativa, a demonstração ao vivo expôs fragilidades. Zuckerberg não conseguiu atender uma chamada nos óculos feita pelo diretor de tecnologia Andrew Bosworth, atribuindo a falha ao Wi-Fi.
Outro modelo atualizado da linha Ray-Ban, com melhorias de bateria e câmeras, também falhou ao responder comandos de voz durante o evento.
Expansão e parcerias
Além do novo modelo, a Meta anunciou uma parceria com a Oakley para desenvolver óculos voltados a esportes de alta intensidade, com integração a aplicativos fitness quando pareados a relógios Garmin.
A fabricação do dispositivo será feita pela chinesa Goertek, que vem ampliando sua presença no setor de óculos inteligentes. A escolha chama atenção pelo contraste com a retórica cada vez mais crítica de Zuckerberg em relação a Pequim, em meio às tensões geopolíticas da segunda gestão de Donald Trump.