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XANGAI – A União Europeia não quer uma guerra comercial com Pequim, mas cinco anos de negociações não resultaram em progresso real, disse neste sábado o embaixador do bloco na China, acrescentando que a preocupação com o acesso ao mercado chinês para dispositivos médicos europeus estava crescendo.
Os atritos comerciais entre o bloco e a China se intensificaram no último ano, depois que a UE lançou uma investigação sobre as importações de veículos elétricos fabricados na China, o que levou Pequim a abrir investigações sobre os setores de carne suína e laticínios da Europa e a restringir as importações de conhaque.
Novas tarifas da UE de até 45,3% sobre as importações de VEs chineses entraram em vigor na semana passada.
Além disso, a UE lançou uma investigação sobre as compras públicas de dispositivos médicos da China em abril, que Pequim criticou rapidamente na época.
Falando em um evento em Xangai, o embaixador da UE na China, Jorge Toledo, disse que as conversas com os fabricantes europeus de dispositivos médicos mostraram que eles estavam sendo discriminados nas compras públicas chinesas.
“Concluímos que está claro … As empresas europeias, que têm produzido dispositivos médicos na China nas últimas duas décadas, estão sendo discriminadas em relação a seus concorrentes chineses nas compras públicas”, disse Toledo na comemoração do 30º aniversário da China Europe International Business School.
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“Se isso for verdade, e sabemos que é verdade, trataremos as empresas chinesas na Europa da mesma forma que somos tratados aqui”, declarou ele. “Não queremos uma guerra comercial. Queremos apenas transparência. Queremos igualdade de condições.”