Publicidade
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a acusar nesta terça-feira (5) o Departamento de Estatísticas de Trabalho (BLS, na sigla em inglês) de manipular números de emprego para favorecer adversários políticos, sem apresentar provas. Em entrevista à CNBC por telefone, ele disse que “os números foram manipulados” e citou uma revisão que teria retirado cerca de 900 mil vagas dos cálculos semanas após a divulgação inicial.
“Obviamente, os números foram manipulados. Biden não estava indo bem e eles anunciaram números fenomenais dois dias antes da eleição. Depois, fizeram a maior revisão da história”, afirmou Trump, ao se referir ao processo de atualização estatística do órgão, que ocorre duas vezes ao ano.

Trump volta a criticar Powell, mas evita dizer se vai trocá-lo no comando do Fed
Trump chama Powell de “altamente político” e repete crítica sobre ele estar atrasado no corte de juros

Governo Trump reage à prisão de Bolsonaro e acusa Moraes de violar direitos humanos
Departamento de Estado dos EUA acusa ministro do STF de abusar do poder e promete sanções a quem apoiar medida
Trump alegou que dados positivos divulgados “dias antes da eleição” ajudaram seu oponente e que, após sua vitória, houve revisões para baixo “para trazer à realidade”. Ele não apresentou evidências que sustentassem as acusações e descreveu o BLS como “antiquado” e “muito político”.
Continua depois da publicidade
A CNBC interpelou Trump ao vivo, destacando que a revisão dos números em 2024 foi divulgada em agosto, muito tempo antes das eleições.
Economistas e ex-dirigentes do BLS já afirmaram que revisões são parte normal do processo de aferição e não indicam fraude ou interferência política.
Questionado se ele pensa que a forte queda nos números do mercado de trabalho pode ser um reflexo da política anti-imigração, Trump atacou imigrantes, dizendo imigrantes vindos de países da África e da América Latina são “assassinos” e “mentalmente insanas”. “Elas saem de manicômios e alas psiquiátricas. “[Esses países] despejaram despejaram milhões de pessoas perigosas em nosso país, e eu estou tirando-as de lá”.