VÍDEO: Trump elogia e parabeniza Lula por aniversário, mas não garante acordo

Ao felicitar Lula pelos 80 anos, Trump disse que o presidente "é um cara muito vigoroso, e foi muito impressionante”

Paulo Barros

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com repórteres enquanto o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, está ao seu lado a bordo do Air Force One, a caminho de Tóquio, Japão, para a segunda parada de sua viagem pela Ásia, em 27 de outubro de 2025. REUTERS/Evelyn Hockstein
O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com repórteres enquanto o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, está ao seu lado a bordo do Air Force One, a caminho de Tóquio, Japão, para a segunda parada de sua viagem pela Ásia, em 27 de outubro de 2025. REUTERS/Evelyn Hockstein

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (27) que a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “muito boa”, mas não garantiu um acordo para encerrar as tarifas de 50% aplicadas sobre produtos brasileiros. “Eles gostariam de fechar um acordo. Vamos ver, agora eles estão pagando, acho que 50% de tarifa. Mas tivemos uma ótima reunião”, disse Trump a bordo do avião presidencial a caminho do Japão.

Durante a conversa com jornalistas, Trump aproveitou para parabenizar Lula pelos 80 anos, completados nesta segunda-feira. “Quero desejar feliz aniversário ao presidente. Ele é um cara muito vigoroso, na verdade, e foi muito impressionante,. Hoje é o aniversário dele, então feliz aniversário”, disse o presidente americano.

Lula, por sua vez, demonstrou otimismo ao afirmar que espera um entendimento com Washington “nos próximos dias”. O encontro entre os dois líderes ocorreu em meio às tensões comerciais provocadas pela medida americana, que afeta setores estratégicos das exportações brasileiras.

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De acordo com o presidente brasileiro, ficou definido que apenas ele e Trump tratarão de temas políticos, enquanto as equipes técnicas se concentrarão nos aspectos econômicos e comerciais. Lula classificou como “inadmissível” a aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e disse ter reiterado que o processo foi conduzido de forma justa pelo Supremo Tribunal Federal.

O líder brasileiro também afirmou ter se oferecido para mediar o conflito entre os Estados Unidos e o regime de Nicolás Maduro na Venezuela.

As negociações sobre as tarifas começaram nesta segunda na Malásia, com participação do chanceler Mauro Vieira e do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent. Segundo Vieira, os dois lados concordaram em estabelecer um cronograma de conversas para tentar alcançar um acordo “em poucas semanas”. O Brasil solicitou a suspensão imediata das tarifas durante o processo, mas o pedido não foi aceito até o momento.

(com Associated Press)

Paulo Barros

Jornalista, editor de Hard News no InfoMoney. Escreve principalmente sobre economia e investimentos, além de internacional (correspondente baseado em Lisboa)