Trump cita Murdoch, Oracle e Dell em possível acordo para manter TikTok nos EUA

Presidente afirma que “patriotas americanos” estarão no grupo que assumirá o app

Marina Verenicz

Presidente dos EUA, Donald Trump, durante discurso em evento sobre IA, em Washington
23/07/2025
REUTERS/Kent Nishimura
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante discurso em evento sobre IA, em Washington 23/07/2025 REUTERS/Kent Nishimura

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a falar sobre o futuro do TikTok no país e citou nomes de peso da mídia e da tecnologia como potenciais participantes do acordo que pode salvar a rede social.

Em entrevista à Fox News neste domingo (21), Trump disse acreditar que Rupert Murdoch e seu filho, Lachlan Murdoch, “provavelmente” integrarão o grupo de investidores.

“Um homem chamado Lachlan está envolvido. Rupert provavelmente estará no grupo, acho que eles estarão no grupo”, declarou. O republicano também apontou Larry Ellison, fundador da Oracle, e Michael Dell, CEO da Dell Technologies, como outros nomes cotados. “São pessoas muito proeminentes, patriotas americanos. Acho que farão um ótimo trabalho”, afirmou.

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Apesar da declaração, fontes ouvidas pela CNBC indicam que Lachlan Murdoch dificilmente participará individualmente da operação, embora a Fox Corporation, empresa que ele comanda, possa se envolver nas negociações.

Cenário regulatório

A discussão ocorre em meio às negociações entre Trump e o presidente da China, Xi Jinping. O Congresso já havia aprovado uma lei que obriga a ByteDance, dona chinesa do TikTok, a vender as operações nos EUA sob risco de banimento por questões de segurança nacional.

No sábado (20), a Casa Branca detalhou os contornos do plano em andamento: seis dos sete membros do conselho do TikTok nos EUA seriam americanos, e o país também passaria a controlar o algoritmo da plataforma, ponto central do embate com Pequim. A Oracle ficaria responsável pela gestão dos dados e da privacidade dos usuários americanos.

Trump afirmou que o acordo “está bem encaminhado” após uma conversa telefônica com Xi na sexta-feira, e que investidores já se preparam para a operação. Pequim, porém, sinalizou divergências.

Em comunicado pela agência estatal Xinhua, o governo chinês reiterou que “respeita a vontade das empresas” e cobrou dos EUA “um ambiente de negócios aberto, justo e não discriminatório”.

Caso a operação avance, o TikTok evitará o banimento e seguirá disponível para os mais de 170 milhões de usuários americanos. A definição sobre quem integrará o bloco de controle — e até onde vai a participação de conglomerados como Fox, Oracle e Dell — deve ser conhecida nas próximas semanas.