Trump assina ordem para “tornar chuveiros dos EUA grandes de novo”: “Meu belo cabelo”

Ordem executiva revoga regras de conservação hídrica criadas nas gestões Obama e Biden, e libera limites para consumo de água durante banhos

Paulo Barros

O presidente dos EUA, Donald Trump, participa do jantar do Comitê Nacional Republicano do Congresso (NRCC) no Museu Nacional de Construção em Washington, D.C., EUA, em 8 de abril de 2025. REUTERS/Nathan Howard
O presidente dos EUA, Donald Trump, participa do jantar do Comitê Nacional Republicano do Congresso (NRCC) no Museu Nacional de Construção em Washington, D.C., EUA, em 8 de abril de 2025. REUTERS/Nathan Howard

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O presidente dos Estados Unidos Donald Trump assinou, nesta quarta-feira (9), uma ordem executiva que revoga limites federais de pressão da água em chuveiros, pias e vasos sanitários. A medida visa eliminar regulamentações ambientais estabelecidas por Barack Obama e Joe Biden, sob o argumento de restaurar a “liberdade do chuveiro” nos lares americanos.

O documento, divulgado pela Casa Branca, afirma que a nova regra vai “acabar com a guerra Obama-Biden contra a pressão da água” e “tornar os chuveiros americanos grande de novo”. Trump, que frequentemente critica normas de conservação hídrica, declarou: “Gosto de tomar um bom banho para cuidar do meu belo cabelo. Tenho que ficar embaixo do chuveiro por 15 minutos até molhar. É ridículo. Sai pingando.”

Durante seu mandato anterior, Trump já havia flexibilizado padrões de eficiência energética para eletrodomésticos, como lâmpadas e lava-louças. As mudanças foram revertidas por Biden ao assumir o cargo. Agora, com a nova ordem, o ex-presidente retoma o tema, que voltou à agenda da Casa Branca.

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O executivo Andrew deLaski, do Appliance Standards Awareness Project, avaliou ao The Guardian que a prioridade dada ao tema é “muito marcante”, mas acredita que as preocupações de Trump estão “um pouco fora de época”.

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A ordem executiva inclui a reavaliação de limites de fluxo de água estabelecidos por leis de conservação, em vigor desde a década de 1990, com o objetivo de reduzir o consumo em residências e preservar recursos naturais. Ainda não há informações sobre o impacto ambiental ou a implementação prática da nova diretriz.

(com Reuters)

Paulo Barros

Jornalista, editor de Hard News no InfoMoney. Escreve principalmente sobre economia e investimentos, além de internacional (correspondente baseado em Lisboa)