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Os aeroportos de Berlim, Londres e Bruxelas continuaram a enfrentar atrasos neste domingo (21) após um ataque cibernético a um sistema de check-in de companhias aéreas, que obrigou as equipes a processarem os passageiros manualmente.
A falha decorre de um incidente cibernético na Collins Aerospace que derrubou seu software MUSE na noite de sexta-feira (19). A plataforma sustenta os sistemas de check-in, embarque e bagagens de companhias aéreas em todo o mundo. Com os quiosques e máquinas de despacho de bagagem fora do ar, os aeroportos foram forçados a depender do processamento manual, desacelerando o fluxo de passageiros.
O Aeroporto de Berlim-Brandenburgo registrou atrasos, enquanto Heathrow afirmou que “a grande maioria dos voos” está operando, mas aconselhou os viajantes a verificarem o status antes de sair para o aeroporto. Recomendou que os passageiros não cheguem com mais de três horas de antecedência para voos de longa distância ou duas horas para voos de curta distância.
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O Aeroporto de Bruxelas adotou as medidas mais rigorosas, pedindo às companhias aéreas que cancelassem metade das partidas programadas para aliviar a pressão sobre a equipe. O aeroporto pediu desculpas, citando o “problema cibernético” em seu fornecedor externo.
Até agora, os cancelamentos têm sido limitados em comparação com o total do tráfego aéreo diário na Europa, mas o incidente destaca a pressão sobre companhias aéreas e aeroportos quando fornecedores críticos de tecnologia são interrompidos, com a recuperação prevista para ser irregular até que a Collins restabeleça o serviço completo.
Este ano, houve um aumento acentuado nas ameaças cibernéticas contra infraestrutura e aviação. Um relatório de junho da Thales, empresa francesa de defesa, mostrou um aumento de 600% ano a ano nos ataques de ransomware no setor de aviação, com dezenas de incidentes afetando companhias aéreas, aeroportos, sistemas de navegação e serviços.
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