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Astrônomos da Índia identificaram uma galáxia espiral de grande porte formada quando o universo tinha apenas 1,5 bilhão de anos — cerca de 10% de sua idade atual. O objeto, batizado de Alaknanda, está a aproximadamente 12 bilhões de anos-luz da Terra e apresenta estrutura semelhante à da Via Láctea, o que contraria modelos atuais que apontam que, naquele período, as galáxias eram pequenas, irregulares e caóticas.

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A descoberta foi feita pela pesquisadora Rashi Jain, doutoranda do Centro Nacional de Astrofísica por Rádio do Instituto Tata de Pesquisa Fundamental, em Pune, a partir da análise de dados do Telescópio Espacial James Webb. O estudo foi publicado na revista científica Astronomy and Astrophysics, uma das principais da Europa.
Segundo os pesquisadores, a Alaknanda possui aproximadamente 30 mil anos-luz de diâmetro — cerca de um terço do tamanho da Via Láctea — e abriga cerca de 10 bilhões de estrelas.
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Além disso, a taxa de formação de novas estrelas é de 20 a 30 vezes maior do que a registrada atualmente em nossa galáxia, um ritmo considerado extremamente acelerado para os padrões cósmicos.
A estrutura observada também surpreendeu os cientistas. A galáxia exibe dois braços espirais simétricos partindo de um disco central, além do padrão conhecido como “contas em um colar”, formado por aglomerados de estrelas ao longo dos braços.
Desde o início das operações do James Webb, em 2021, astrônomos têm identificado galáxias cada vez mais antigas e complexas. Para os pesquisadores, a existência de uma galáxia tão massiva e organizada tão cedo na história do universo desafia os modelos tradicionais de evolução cósmica.
A equipe agora busca novas observações com o próprio Webb e com o observatório ALMA, no Chile, para entender como a Alaknanda conseguiu desenvolver sua estrutura espiral em tão pouco tempo após o Big Bang — uma investigação que pode ajudar a reescrever capítulos fundamentais sobre a origem das galáxias.