Sindicatos de transportes fortalecem greve na Argentina; aeroportos estão parados

Há poucas linhas de ônibus em circulação e o comércio funciona apenas parcialmente; os aeroportos interromperam os serviços porque sindicatos de pilotos e de pessoas em terra aderiram ao movimento

Roberto de Lira

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A adesão dos sindicatos de trabalhadores ligados aos transportes tem garantido o “sucesso” da greve geral de 24 horas que a central sindical CGT organizou para esta quinta-feira em toda a Argentina. Além dos serviços ferroviários e de poucas linhas de ônibus à disposição da população, o movimento paralisou quase totalmente os aeroportos do país.

Segundo o site Notícias Argentinas, a atividade aérea nesta manhã era totalmente nula no Aeroparque Jorge Newbery, enquanto no aeroporto internacional de Ezeiza, operavam exclusivamente as companhias Flybondi e American Airlines.

Essa parada reflete a adesão à greve de sindicatos de pilotos e de técnicos e pessoal aeronáuticos, que que realizam as tarefas terrestres e os serviços de plataforma e manuseio de bagagens. Como a Flybondi e American Airlines tem serviços próprio em Ezeiza, conseguiram manter algumas operações no dia.

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De acordo com a página Aeropuertos Argentina estão paralisadas as atividades da Avianca, KLM, Sky Airlines, Copa Airlines, Gol, British Airways, Ethiopian, Air Europa, Iberia, ITA, Boa, Air Canada, Lufthansa e Turkish. A Air France deslocou sua partida para depois da meia-noite para evitar o cancelamento do voo.

Segundo o Clarín, a Câmara das Companhias Aéreas da Argentina (Jurca) informou que a greve deve causar prejuízos estimados em US$ 62 bilhões, pelo cancelamento de quase 400 voos, entre domésticos e internacionais, que afetaram o transportes de cerca de 70 mil passageiros.

Só a Aerolíneas Argentinas cancelou 191 voos e disse num comunicado que essa medida está afetando 24 mil passageiros, com um custo para a empresa que soma US$ 2 milhões.

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Além dos voos suspensos, os portos estão paralisados e escolas e universidades permanecem com funcionamento mínimo. Os mercados terão atividade reduzida na quinta-feira, já que os bancos permanecerão fechados porque seus funcionários estão participando da greve.

Mais cedo, o presidente Javier Milei ironizou a gerve, ao publicar montagem de foto nas redes sociais mostrando uma camisa onde se lê: “Yo no paro” (“Eu não paro”).

Hugo Yasky, secretário-geral do sindicato CTA, postou no X que a greve era contra “um governo que só beneficia os ricos às custas do povo, doa recursos naturais e busca eliminar os direitos dos trabalhadores”.

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(Com Reuters)