Sem Trump na cédula, Nikki Haley perde para ‘nenhum dos candidatos’ em Nevada

Ex-governadora não poderá participar do 'caucus' do estado, agendado para quinta-feira e no qual Trump é grande favorito; na disputa democrata em Nevada, Joe Biden venceu por larga margem

Roberto de Lira

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Nikki Haley, a ex-governadora da Carolina do Sul que disputa a indicação do Partido Republicano para eleição presidencial dos Estados Unidos em novembro, passou por um enorme constrangimento na terça-feira (6), ao ver seu nome preterido nas primárias do estado de Nevada para a opção “nenhum dos candidatos”. O nome de seu principal adversário, o ex-presidente Donald Trump, sequer constava na cédula.

Segundo dados que ainda estão sendo totalizados, Halley teve cerca de 30,5% das preferências da esvaziada primária, mais de 30 pontos atrás dos 63,2% contabilizados para “nenhum dos candidatos”.

Nevada acrescentou um pouco mais de complexidade às já confusas regras da campanha eleitoral dos EUA. O site The Hill explica que uma nova lei estadual exigia uma primária de preferência presidencial em Nevada, mas o Partido Republicano estadual decidiu continuar com o antigo sistema de “caucus”, marcado para amanhã. Será essa disputa que vai indicar os 26 delegados do estado para a convenção do partido. Após optar por participar das primárias, Haley foi impedida de entrar no “caucus’.

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“Seu voto na primária não significa nada. É o seu voto no caucus”, já havia dito Trump a apoiadores em Las Vegas no mês passado.

Trump já venceu em Iowa e New Hampshire em janeiro e está bem à frente de Haley nas pesquisas na Carolina do Sul, o estado natal de Haley e o próximo a realizar primárias firmais, em 24 de fevereiro. Depois disso, estão marcadas disputas em vários estados, na Super Terça de 5 de março.

Democratas

Enquanto isso, no lado do Partido Democrata, o Presidente dos Estados Unidos Joe Biden venceu as primárias ontem, poucos dias após ter conquistado na Carolina do Sul a primeira vitória oficial na corrida à indicação para as eleições presidenciais deste ano.

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Segundo as projeções, com 70% dos votos contabilizados, o presidente liderava com 89,6% dos votos. A opção “nenhum destes candidatos” surgia num distante segundo lugar, com cerca de 5,7%.