Rússia prende 11 suspeitos de ataque perto de Moscou; número de mortos sobe para 133

Estado Islâmico assumiu autoria do atentado, em que atiradores camuflados atacaram pessoas em casa de shows em Krasnogorsk

Equipe InfoMoney

Casa de shows na região de Moscou, capital da Rússia que foi alvo de atentado terrorista em 22/03/2024 (Yulia Morozova/Reuters)

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Forças de segurança da Rússia anunciaram neste sábado (23) a prisão de 11 suspeitos de participarem do atentado terrorista em uma casa de shows em Krasnogorsk, na região metropolitana de Moscou. O número de mortos subiu para 133, segundo autoridades do país.

O Estado Islâmico, grupo terrorista que atua entre o Iraque e a Síria e já chegou a controlar grandes partes dos dois países, reivindicou a autoria dos ataque. É o ataque mais mortal na Rússia desde o cerco a uma escola em Beslan, em 2004, quando militantes islâmicos fizeram mais de mil pessoas reféns, inclusive centenas de crianças.

Ao menos cinco atiradores camuflados abriram fogo com metralhadoras e jogaram ao menos uma granada e uma bomba no Crocus City Hall, pouco antes da apresentação do grupo de rock “Picnic”, da época da União Soviética. A casa de shows no subúrbio oeste de Moscou tem capacidade para 6,2 mil espectadores, segundo a Reuters.

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Vídeos verificados mostram pessoas tomando seus assentos para o show, e então começam a correr em direção à saída quando os sons de tiros ecoaram junto com gritos de desespero. Outro vídeo mostra homens atirando em um grupo de pessoas. Algumas vítimas ficaram deitadas e sem movimento em poças de sangue.

“De repente, ouvimos barulhos atrás de nós. Tiros. Uma rajada de tiros. Eu não sabia o que era”, disse à Reuters uma testemunha, que pediu para não ser identificada. “Um tumulto começou e todo mundo correu para a escada rolante. Todo mundo estava gritando, todo mundo estava correndo.”

Estado Islâmico

O Estado Islâmico afirmou que seus combatentes atacaram os subúrbios de Moscou, “matando e ferindo centenas e causando grande destruição do local, antes de voltarem a suas bases em segurança”. A declaração foi feita antes de as autoridades russas anunciarem a prisão dos suspeitos.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, mudou o curso da guerra civil na Síria em 2015, ao intervir no conflito e apoiar o presidente do país, Bashar al-Assad, contra a oposição e o Estado Islâmico. O grupo terrorista já reivindicou ataques mortais na Europa, no Oriente Médio, no Irã, no Afeganistão, no Paquistão, nas Filipinas e no Sri Lanka.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, afirmou se tratar de um “ataque terrorista sangrento” que o mundo inteiro deve condenar.

Os Estados Unidos, países europeus e árabes e muitas antigas repúblicas soviéticas manifestaram condenaram o ataque e enviaram as suas condolências. O conselheiro presidencial da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, negou qualquer envolvimento do país no ataque.

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(Com Reuters)

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