Prisão de ativista na Venezuela preocupa EUA, diz Casa Branca

A ativista de direitos humanos Rocio San Miguel e membros de sua família foram presos sob a acusação de envolvimento em um suposto complô para assassinar o presidente Nicolas Maduro

Reuters

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Washington – Os Estados Unidos estão “profundamente preocupados” com as informações de que a ativista de direitos humanos Rocio San Miguel e membros de sua família foram presos na Venezuela, informou a Casa Branca nesta terça-feira (13).

San Miguel é presidente da organização não governamental Control Ciudadano, que defende a supervisão das forças militares da Venezuela. Ela foi presa esta semana sob a acusação de envolvimento em um suposto complô para assassinar o presidente Nicolas Maduro.

“Estamos observando isso muito, muito de perto”, disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, aos repórteres, pedindo a Maduro que cumpra os compromissos que seu governo assumiu em um acordo com a oposição política para realizar eleições este ano.

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“O Sr. Maduro precisa cumprir os compromissos que assumiu no outono sobre como vai tratar a sociedade civil, os ativistas políticos e os partidos de oposição”, disse Kirby.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, disse no domingo (11) que San Miguel havia sido presa por “supostamente estar vinculada e referenciada no plano de conspiração e tentativa de assassinato (…) com o objetivo de atentar contra a vida do chefe de Estado Nicolas Maduro e outras autoridades de alto escalão”.

A equipe jurídica de San Miguel diz que solicitou informações às autoridades venezuelanas após sua prisão, mas não recebeu resposta. Grupos de direitos humanos dizem que seus advogados não estavam presentes em sua acusação.

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Pedindo sua libertação imediata e o direito à defesa legal, o escritório de direitos humanos das Nações Unidas disse que o “paradeiro de San Miguel permanece desconhecido, o que pode qualificar sua detenção como um desaparecimento forçado”.

O acordo eleitoral de Maduro com a oposição fez com que os EUA aliviassem temporariamente as sanções econômicas contra a Venezuela, exportadora de petróleo bruto.

Washington voltou a impor novamente as sanções no mês passado, depois que o tribunal superior da Venezuela manteve a proibição da candidatura da principal candidata presidencial da oposição, Maria Corina Machado.