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O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, disse nesta quarta-feira (5) que submeterá seu governo minoritário de um ano a uma moção de confiança no Parlamento, o que poderia levar à sua demissão se os dois principais partidos de oposição votarem pela rejeição, como indicaram.
No centro da nova crise política que poderia desencadear uma terceira eleição antecipada desde 2022 está uma empresa de consultoria de propriedade da família de Montenegro, que fez contratos com empresas privadas que, segundo a oposição, beneficiaram o primeiro-ministro. Montenegro negou qualquer conflito de interesses.
O Partido Socialista, principal legenda de oposição, e o Chega, de extrema-direita, que juntos têm mais da metade de todos os assentos parlamentares, disseram que rejeitarão a moção de confiança.
Tal resultado implica a demissão do governo de acordo com a Constituição de Portugal, embora desde o retorno da democracia em 1974, apenas uma das 11 moções desse tipo tenha sido rejeitada pelo Parlamento de Portugal, em 1977.