Portugal anuncia ChatGPT que “fala português europeu” para 2025

Expectativa é que novidade, que será construída em parceria com a iniciativa privada, seja lançada no primeiro trimestre do ano que vem

Paulo Barros

Primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, em fala durante o Web Summit 2024 (Foto: Paulo Barros/InfoMoney)
Primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, em fala durante o Web Summit 2024 (Foto: Paulo Barros/InfoMoney)

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LISBOA – O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, anunciou nesta segunda-feira (11) o desenvolvimento de uma versão do ChatGPT adaptada ao português europeu, com previsão de lançamento para o primeiro trimestre de 2025. O objetivo é ajustar a inteligência artificial para compreender melhor as especificidades linguísticas e culturais de Portugal, incluindo vocabulário, expressões idiomáticas e referências locais. A novidade foi anunciada durante a abertura do Web Summit 2024, que acontece em Lisboa.

Essa versão do ChatGPT será projetada para reconhecer as nuances do português europeu, oferecendo uma experiência de uso mais alinhada com o público português. A ideia é que a ferramenta, ao interagir com usuários em Portugal, tenha uma comunicação mais natural e evite interferências de outras variantes da língua portuguesa, como a brasileira.

Para o desenvolvimento desse projeto, o governo português pretende firmar parcerias com universidades e empresas de tecnologia especializadas em inteligência artificial e processamento de linguagem natural. Essas colaborações são vistas como fundamentais para assegurar que o chatbot compreenda e utilize de maneira precisa o vocabulário e as construções gramaticais específicas do português de Portugal.

A iniciativa faz parte de um esforço maior para impulsionar a economia digital em Portugal e fortalecer o uso de novas tecnologias no país. O governo espera que essa versão personalizada do ChatGPT possa ser útil em áreas como atendimento ao cliente, educação e administração pública, beneficiando tanto empresas quanto cidadãos portugueses ao adaptar a IA às suas necessidades e ao contexto local.

Paulo Barros

Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas