Netanyahu avisa que Israel entrará em Rafah sem apoio dos EUA, se necessário

Estados Unidos tenta evitar uma incursão terrestre em área onde 1,4 milhão de palestinos se abrigaram desde o início da guerra; Israel diz que forças do Hamas se reagruparam no local

Equipe InfoMoney

Benjamin Netanyahu em Jerusalém - 18/2/2024 (Reuters/Ronen Zvulun)

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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse nesta sexta-feira (22) que Israel continua determinado a enviar tropas para a cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde mais de 1 milhão de palestinos estão abrigados, e que faria isso sem o apoio dos Estados Unidos, se necessário.

Segundo a Reuters, Netanyahu disse que avisou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que não há como derrotar o movimento islâmico Hamas sem entrar em Rafah. “E eu disse a ele que espero que façamos isso com o apoio dos EUA, mas se for necessário, faremos isso sozinhos”, afirmou.

A agência AP lembra que Israel já aprovou os planos militares para sua ofensiva, mas com 1,4 milhão de palestinos presos na cidade, os aliados próprio aliados de Israel, incluindo os EUA, passaram a exigir maior cuidado com os civis nessa possível incursão.

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A maioria desses palestinos já foi deslocada pelos combates em outras partes de Gaza e está vivendo em acampamentos densamente lotados, abrigos administrados pela ONU lotados ou em apartamentos lotados.

Segundo o governo de Israel, Rafah é o último grande reduto do Hamas na Faixa de Gaza, depois que operações em outros locais desmantelaram 18 dos 24 batalhões do grupo militante, de acordo com informações dos militares israelenses. Mesmo no norte de Gaza, o primeiro alvo da ofensiva, o Hamas se reagrupou em algumas áreas e continuou a lançar ataques.

Israel disse ainda que o Hamas tem quatro batalhões em Rafah e que alguns militantes seniores também podem estar escondidos na cidade.

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O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, revelou nesta semana que o próprio presidente Joe Biden ligou para Netanyahu e pediu ao líder israelense para não realizar a operação em Rafah. Assim estaria sendo buscada “uma abordagem alternativa” que não envolva uma invasão terrestre.

(Com Reuters)