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A Nasa anunciou nesta segunda-feira (22) a seleção de 10 novos candidatos a astronautas, marcando um feito inédito em mais de seis décadas: pela primeira vez, mulheres são maioria. Das dez vagas, seis foram ocupadas por elas.
O grupo reúne engenheiros, cientistas, pilotos militares e especialistas de diferentes áreas, escolhidos entre mais de 8 mil inscritos.
Entre os destaques está Anna Menon, ex-funcionária da SpaceX e participante da missão Polaris Dawn, que em 2022 realizou a primeira caminhada espacial comercial.
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Agora oficialmente chamados de “candidatos a astronauta”, os dez selecionados iniciarão dois anos de preparação no Centro Espacial Johnson, no Texas. A rotina envolve desde o aprendizado em aviões T-38, até mergulhos no Laboratório de Flutuabilidade Neutra, que simula caminhadas espaciais em gravidade zero.
O currículo inclui também aulas de russo, reflexo da cooperação entre os EUA e a Rússia na Estação Espacial Internacional (ISS). Ao final, eles estarão aptos a integrar missões em órbita baixa, voos lunares e, futuramente, expedições a Marte.
Artemis: o próximo passo
A nova turma chega em um momento crucial para o programa Artemis, que pretende consolidar a presença humana na Lua como preparação para missões ao planeta vermelho.
• Artemis 2, prevista para 2026, levará quatro astronautas em voo ao redor da Lua.
• Artemis 3, agendada para 2027 (ou mais tarde), prevê pousar dois astronautas no polo sul lunar — o primeiro pouso desde a Apollo 17, em 1972.
O cronograma coincide com a aceleração dos planos da China, que disputa com os EUA a liderança da nova corrida espacial.
Entre os novos selecionados estão:
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• Ben Bailey, engenheiro de Charlottesville, Virgínia;
• Imelda Muller, anestesiologista e ex-tenente da Marinha, que contou ter encontrado inspiração ao trabalhar no laboratório subaquático da Nasa;
• Erin Overcash, piloto da Marinha e ex-jogadora da seleção feminina de rúgbi dos EUA;
• Yuri Kubo, engenheira com experiência em energia de hidrogênio.
“Todas as coisas que eu amava sobre mergulho realmente se traduziram para o espaço”, disse Muller, lembrando quando treinou no tanque de simulação de gravidade da agência.
A questão da diversidade
Apesar do avanço no equilíbrio de gênero, analistas observam que a nova turma parece menos racialmente diversa do que classes anteriores. Para o ex-astronauta Garrett Reisman, que já integrou processos de seleção da Nasa, a representatividade continua sendo um desafio:
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“Convencer uma criança de que ela pode ser astronauta é um dos nossos maiores superpoderes. Isso fica mais difícil quando não temos representantes de todas as comunidades”, afirmou.
Uma porta-voz da Nasa respondeu que os critérios técnicos foram o principal fator de escolha, mas reconheceu a importância simbólica do marco.
Corrida espacial do século XXI
A seleção mostra que, mesmo após 65 anos da chegada dos primeiros “Mercury Seven”, a função de astronauta continua a evoluir.
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Com a aposentadoria prevista da Estação Espacial Internacional em 2030, os novos candidatos deverão atuar tanto em estações privadas quanto em missões que consolidem a presença americana além da órbita baixa.
Entre a Lua e Marte, a nova geração simboliza a aposta da Nasa em manter os EUA na vanguarda da exploração espacial, agora com mais mulheres na linha de frente.