Musk critica “gastos insanos” em projeto dos EUA e sugere criação de novo partido

Bilionário se opõe a aumento de US$ 5 trilhões no teto da dívida e acusa sistema de partido único

Marina Verenicz

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O bilionário Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, voltou a criticar o cenário político dos Estados Unidos nesta segunda-feira (30), ao reagir negativamente ao novo projeto de lei de gastos apresentado pelo governo do presidente Donald Trump.

Segundo Musk, a proposta eleva o teto da dívida americana em um patamar “recorde” de US$ 5 trilhões, o que ele classificou como “gastos insanos”.

“É óbvio, com os gastos insanos deste projeto […] que vivemos em um país de partido único – o PARTIDO GAGUINHO!!”, escreveu Musk em publicação na rede X (antigo Twitter), ironizando o sistema político e sugerindo a necessidade de criar um novo partido que represente de fato a população.

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O projeto de lei em questão é uma das prioridades da Casa Branca e, segundo fontes ouvidas pela imprensa americana, Trump deseja que a votação ocorra antes do feriado do Dia da Independência, em 4 de julho.

A proposta prevê um volume robusto de investimentos e cortes tributários, mas tem gerado receio entre analistas e parte do empresariado por seu impacto sobre a já elevada dívida pública americana.

Sistema bipartidário

Embora o comentário tenha como alvo a proposta legislativa, o conteúdo também funciona como uma crítica indireta à administração Trump e ao modelo bipartidário dominante nos EUA.

Musk já havia demonstrado anteriormente frustração com os dois principais partidos – democratas e republicanos –, mas dessa vez ele intensificou o discurso ao sugerir que ambos atuam de forma indistinta e descolada dos interesses do cidadão comum.

As declarações de Musk ocorrem em um momento politicamente delicado, com os EUA se aproximando do ciclo eleitoral de 2026.

O bilionário tem ampliado sua atuação como voz crítica do establishment político e econômica, e o tom das recentes postagens sugere um engajamento mais ativo no debate público, especialmente em temas ligados à responsabilidade fiscal, liberdade de expressão e política industrial.