Malásia deve voltar a procurar voo MH370, desaparecido há mais de uma década

Governo malaio negocia termos após aceitar proposta para buscar os destroços do avião da Malaysia Airlines

Bloomberg

(Paul Kane/Getty Images)
(Paul Kane/Getty Images)

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A Malásia está negociando os termos e condições com a Ocean Infinity, após aceitar sua proposta para buscar os destroços do Voo 370 da Malaysia Airlines, uma década após o desaparecimento da aeronave, de acordo com o ministro dos Transportes, Anthony Loke.

A busca da empresa de exploração marinha será realizada em uma nova área estimada em 15 mil km² no sul do Oceano Índico, segundo Loke. O empreendimento será baseado no princípio de “sem encontrar, sem pagamento”, acrescentou.

“Os dados foram apresentados e nossa equipe os analisou, e eles acreditam que são credíveis e baseados em muitos outros especialistas”, disse Loke em uma coletiva de imprensa em Putrajaya na sexta-feira. “No que diz respeito ao governo, esta é mais uma tentativa de encontrar o MH370.”

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O Voo 370 partiu de Kuala Lumpur em 8 de março de 2014, com destino a Pequim. No entanto, perdeu contato com o controle de tráfego aéreo menos de uma hora após a decolagem, quando o avião estava sobre o Mar do Sul da China, e nunca mais foi visto. Todos os 227 passageiros e 12 membros da tripulação são considerados mortos.

A Ocean Infinity receberá um contrato de 18 meses e será paga com US$ 70 milhões se descobrir os destroços, disse Loke. A busca começará assim que o contrato for assinado, que o governo pretende finalizar o mais rápido possível.

“O melhor período para eles buscarem nessa área é entre janeiro e abril”, afirmou Loke.

A Ocean Infinity já havia tentado encontrar o MH370 em 2018, com o governo malaio concordando em pagar à empresa até US$ 70 milhões se essa operação fosse bem-sucedida.

Há mais otimismo desta vez. A área identificada é maior do que a que foi pesquisada anteriormente, o que aumentou a confiança deles, disse Loke.

O governo também especificará o que é definido como “destroços” no contrato. “De acordo com os termos, eles não podem simplesmente encontrar um pedaço e chamá-lo de todo o avião”, disse ele.

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“Essa decisão reflete o compromisso do governo em continuar a operação de busca e proporcionar um fechamento para as famílias dos passageiros do MH370”, afirmou Loke.

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