Macron brinca ao ser barrado por comitiva de Trump após reconhecimento da Palestina

Presidente francês ironizou situação nas ruas de Nova York

Marina Verenicz

O presidente francês Emmanuel Macron reage enquanto aguarda a chegada de um convidado no Palácio do Eliseu, em Paris, França, 27 de agosto de 2025. REUTERS/Abdul Saboor/Foto de arquivo
O presidente francês Emmanuel Macron reage enquanto aguarda a chegada de um convidado no Palácio do Eliseu, em Paris, França, 27 de agosto de 2025. REUTERS/Abdul Saboor/Foto de arquivo

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O presidente da França, Emmanuel Macron, protagonizou uma cena inusitada em Nova York, onde participa da 80ª Assembleia-Geral da ONU. Registrado pelo jornalista francês Rémy Buisine, da plataforma Brut., Macron foi momentaneamente bloqueado pela polícia devido à passagem da comitiva do presidente americano, Donald Trump.

Com bom humor, o francês pegou o celular e ligou para Trump, em tom de piada, para comentar o episódio. O vídeo viralizou nas redes sociais, contrastando com o peso da agenda diplomática que Macron leva a Nova York.

Reconhecimento da Palestina

Horas antes, Macron anunciou oficialmente que a França reconhece o Estado da Palestina, formalizando a promessa feita em julho. A declaração foi dada durante um evento paralelo da ONU, voltado ao conflito no Oriente Médio e à solução de dois Estados para a região de Israel e Palestina.

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O encontro foi presidido pela França e pela Arábia Saudita e contou com líderes de diversos países. Estados Unidos e Israel, contrários à proposta, não participaram da reunião.

Macron afirmou que o movimento procura “abrir caminho para uma paz justa e duradoura” e reforçou que o reconhecimento da Palestina deve servir de base para negociações multilaterais que envolvam atores regionais e potências globais.

Com a decisão, a França se soma a um grupo crescente de países europeus — como Bélgica, Luxemburgo, Malta e Portugal — que passaram a reconhecer o Estado palestino em 2025, elevando para mais de 145 países no total.

Israel e Estados Unidos reagiram de forma contrária, sinalizando possíveis represálias diplomáticas e ampliando a tensão na Assembleia-Geral deste ano, marcada também pela guerra na Ucrânia e pela escalada no Oriente Médio.