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O pré-candidato à Presidência da Colômbia Miguel Uribe, baleado na cabeça durante um ato em Bogotá é o mais recente episódio de violência política de uma longa lista de atentados a arma de fogo ou arma branca que, por vezes, mudam os rumos políticos de um país. Nos Estados Unidos, de Abraham Lincoln a Trump, uma série de presidentes e presidenciáveis foram alvo de ataques.
Assim como no Brasil, onde o então candidato à presidência Jair Bolsonaro foi esfaqueado em um ato de campanha em Minas Gerais, e no Japão, onde Shinzo Abe, o ex-primeiro-ministro que governou o Japão por mais tempo, morreu vítima de um atentado após ser baleado no pescoço e na clavícula.
No caso mais recente, Uribe Turbay recebeu dois ferimentos de bala na região occipital da cabeça, um deles alojado na parte superior, e outro no joelho esquerdo.O comício político não estava programado, então, presume-se que os assassinos estavam seguindo Uribe Turbay em busca de uma oportunidade de realizar o ataque com uma pistola Glock, uma arma semiautomática com carregador de 18 tiros.
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Veja algumas tentativas contra os presidentes e candidatos presidenciais:
Donald Trump
Durante a campanha de Trump em 2016, um cidadão britânico de 20 anos tentou pegar uma arma de um policial de Las Vegas em um comício republicano. Mais tarde, ele disse à polícia que estava tentando matar Trump e se declarou culpado.
Já em 2024, Trump foi alvo de um ataque a tiros enquanto discursava em um comício eleitoral em Butler, na Pensilvânia. O republicano foi cercado pelos agentes e escoltado para um carro de sua comitiva logo após o ataque, segurando a orelha direita, que sangrava. O homem, que usou um fuzil AR-15 no atentado, foi morto pelo Serviço Secreto.
Shinzo Abe
Shinzo Abe, o ex-primeiro-ministro que governou o Japão por mais tempo, morreu vítima de um atentado na cidade de Nara, no Oeste do país. Abe, com 67 anos na época, foi baleado no pescoço e na clavícula esquerda por volta quando fazia um discurso de campanha, dois dias antes das eleições para a Câmara Alta do país. O ex-premier foi transportado ao hospital de helicóptero em estado inconsciente e com uma parada cardíaca.
O atirador de 41 anos, que segundo a polícia confessou o crime, usou uma arma caseira, e relatos de testemunhas e registros em vídeo indicam que ele disparou dois tiros. Crimes do tipo são raros no país, que tem leis rígidas de controle de armas.
Jair Bolsonaro
O então candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais. A facada atingiu o intestino, e Bolsonaro precisou passar por uma cirurgia para conter a hemorragia.
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Jair Bolsonaro estava sendo carregado por apoiadores quando fez uma expressão de dor e foi retirado do local. Ele foi retirado do local às pressas, em um carro da PF, e levado para a Santa Casa de Misericórdia. Na época, a equipe de campanha admitiu dificuldade da Polícia Federal em fazer segurança do presidenciável. Além da aglomeração, Bolsonaro se mostrava imprevisível no meio da multidão.
George W. Bush
O presidente George W. Bush foi alvo de um ato de violência política armada fora do território americano. Bush estava em visita oficial à Geórgia, em 10 de maio de 2005, e iria começar a discursar, quando um homem arremessou uma granada contra o palco em que estavam localizados tanto o americano quanto o então presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili.
O explosivo caiu a cerca de 100 metros do palco e não detonou. O responsável pelo atentado, Vladimir Arutyunian, nunca revelou suas motivações. Ele foi preso e condenado à prisão perpétua.
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Bill Clinton
Bill Clinton estava na Casa Branca quando o militar-dispensado Francisco Martin Duran abriu fogo contra o local com uma arma semiautomática, em 29 de outubro de 1994. Clinton não se feriu e agentes conseguiram prendê-lo perto de uma das cercas do perímetro da residência oficial.
Ronald Reagan
Em 30 de março de 1981, John Hinckley Jr. disparou seis tiros contra o então presidente em Washington, atingindo Reagan e três outras pessoas. O presidente ficou gravemente ferido, mas se recuperou após uma cirurgia de emergência.
As outras três vítimas também sobreviveram. Hinckley foi imediatamente preso e mantido sob cuidados psiquiátricos institucionais até 2016, 12 anos após a morte de Reagan.
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John F. Kennedy
A morte do presidente democrata John F. Kennedy, em 22 de novembro de 1963, continua a ser um dos casos de violência política a alimentar mais teorias conspiratórias e pedidos de explicação complementar em todo o mundo. No auge de sua popularidade, Kennedy foi alvejado durante um desfile em carro aberto em Dallas, no Texas.
O atirador capturado pelo FBI e considerado culpado pelo assassinato, Lee Harvey Oswald, morreu dois dias depois, assassinado por outro homem chamado Jack Ruby. Até hoje, especula-se se Oswald agiu sozinho e qual seria sua motivação, que nunca foi esclarecida.
Abraham Lincoln
O primeiro assassinato de um presidente aconteceu 30 anos depois do primeiro atentado, ao fim da Guerra Civil americana. O republicano Abraham Lincoln, que aboliu a escravidão no país e teve o mandato marcado pelo conflito interno, foi baleado e morto em Washington, em 14 de abril de 1865, em um dos crimes políticos mais famosos da História.
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O atirador, John Wilkes Booth, era um conhecido ator e simpatizante dos Confederados, lado derrotado durante a guerra civil. Ele foi morto após uma caçada humana que durou quase duas semanas.