ROMA, 27 Dez (Reuters) – Promotores italianos afirmaram neste sábado que prenderam nove pessoas sob suspeita de financiar o Hamas por meio de instituições de caridade sediadas na Itália, em uma operação coordenada por unidades antimáfia e antiterrorismo.
Os suspeitos são acusados de ‘pertencer e ter financiado’ o grupo palestino, que a União Europeia classifica como uma organização terrorista, disseram os promotores da cidade de Gênova, no norte da Itália, em um comunicado.
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Os detidos supostamente desviaram para entidades ligadas ao Hamas cerca de 7 milhões de euros (US$8,24 milhões) arrecadados nos últimos dois anos para fins ostensivamente humanitários, disseram os promotores. A polícia apreendeu bens no valor de mais de 8 milhões de euros.
A investigação teve início após a sinalização de transações financeiras suspeitas e foi ampliada por meio da cooperação com autoridades holandesas e de outros países da UE, coordenada pela agência judicial da UE, a Eurojust.
A primeira-ministra Giorgia Meloni agradeceu às autoridades por ‘uma operação particularmente complexa e importante’ que descobriu o financiamento do Hamas por meio de ‘chamadas organizações de caridade’.
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O gabinete do primeiro-ministro israelense não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O apoio de Meloni a Israel durante a guerra contra o Hamas em Gaza provocou grandes e repetidos protestos de rua na Itália.
O ataque de Israel a Gaza já matou mais de 71.000 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave. Ele foi desencadeado por um ataque liderado pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas, de acordo com os registros israelenses.
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(Reportagem de Gavin Jones, reportagens adicionais de Emilio Parodi em Milão, Emily Rose em Jerusalém)