Israel mata chefe do Hezbollah em ataque em Beirute

A morte do líder militante aumenta os temores de uma guerra total na região após um ano de conflitos

Equipe InfoMoney

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Israel matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um ataque em Beirute, no mais recente de uma série de golpes sobre o grupo libanês.

O Hezbollah confirmou a morte de Nasrallah em um comunicado neste sábado (28), dizendo que ele se juntou à longa lista de “mártires” do grupo.

O grupo afirmou que sua liderança continuaria a lutar contra Israel “em apoio a Gaza e à Palestina, e em defesa do Líbano e de seu povo firme e honrado”.

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O ataque em um bairro residencial de Beirute nesta sexta-feira (28) foi parte de um intenso bombardeio realizado pelas forças israelenses nas últimas 24 horas.

Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, disse que o bombardeio não marcava o fim das operações de Israel.

“Este não é o fim de nossas ferramentas,” afirmou Halevi. “A mensagem é simples: qualquer um que ameaçar os cidadãos de Israel — saberemos como alcançá-los.”

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Israel afirmou que o ataque também matou o chefe da frente sul do Hezbollah, Ali Karaki, e outros comandantes seniores.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse em um comunicado no sábado que o destino do Oriente Médio “será determinado pelas forças de resistência, sendo o Hezbollah a principal delas.”

O líder do Hezbollah no Líbano, Sayyed Hassan Nasrallah, faz gestos enquanto se dirige a seus apoiadores durante uma rara aparição pública em uma cerimônia de Ashura nos subúrbios sul de Beirute, Líbano, em 23 de outubro de 2015. REUTERS/Khalil Hassan/Foto de Arquivo

Ele acrescentou que a “estrutura sólida” do grupo “não pode ser significativamente danificada” por “criminosos sionistas” que, segundo ele, demonstraram suas “políticas de mente curta e estúpida.”

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Ele pediu que todos os muçulmanos apoiem o Hezbollah em sua luta contra “um regime ocupante e vicioso.”

Clérigo de uma família xiita de Beirute, Nasrallah assumiu o controle do Hezbollah em 1992 e se tornou uma figura cada vez mais importante no chamado “eixo de resistência” do Irã.

Seu papel na aliança de grupos militantes ganhou relevância após os EUA assassinarem Qassem Soleimani, o comandante militar mais poderoso do Irã, em 2020.

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Nasrallah também foi um dos líderes na ascensão do Hezbollah para se tornar a principal força política do Líbano.