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Uma investigação interna do Fórum Econômico Mundial revelou que Klaus Schwab, fundador e principal executivo da organização, esteve envolvido em uma série de condutas inadequadas ao longo da última década. As informações são do jornal Wall Street Journal.
Entre as acusações estão gastos não autorizados por ele e sua esposa, comportamento de intimidação e tratamento impróprio a funcionárias, incluindo comentários sugestivos.
O inquérito, iniciado em abril após denúncia de um delator, também apontou que Schwab teria tratado o Fórum como um “feudo pessoal”, tolerando assédio e discriminação, além de usar intimidação para obter o que desejava.
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Segundo o WSJ, foram identificados gastos questionáveis superiores a US$ 1,1 milhão em viagens, muitas delas com a esposa, que não tinha função formal na organização.
Schwab, que deixou o cargo recentemente, rejeitou as acusações e defendeu sua trajetória de 55 anos à frente do Fórum, afirmando que sempre tratou as mulheres com respeito e que nunca buscou enriquecimento pessoal.
Ele também afirmou que pretende ressarcir quaisquer despesas pessoais pagas pela organização.
Além das questões financeiras, a investigação revelou interferências de Schwab em relatórios de competitividade global, alterando rankings para favorecer países com os quais mantinha relações pessoais.
O relatório final da investigação será entregue até o fim de agosto, podendo ser encaminhado às autoridades suíças para possíveis ações legais.