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Um homem de 59 anos foi preso nesta terça-feira (11) sob suspeita de homicídio culposo por negligência grave após a colisão entre um petroleiro e um navio de carga no Mar do Norte, que resultou em uma explosão e vazamento de combustível. O acidente, que causou um incêndio descrito como “fogo do inferno”, ocorreu na segunda-feira (10) e está sendo investigado por autoridades marítimas e policiais do Reino Unido.
A Polícia de Humberside confirmou que abriu uma investigação criminal sobre o incidente, no qual um tripulante do cargueiro Solong desapareceu e é considerado morto.
“Após as investigações conduzidas por minha equipe, prendemos um homem de 59 anos sob suspeita de homicídio culposo por negligência grave em conexão com a colisão”, declarou o detetive-chefe superintendente Craig Nicholson.
Entenda gravidade do acidente
A colisão ocorreu na costa de Yorkshire, quando o petroleiro Stena Immaculate, fretado pelas Forças Armadas dos EUA, foi atingido pelo Solong, um navio de carga registrado em Portugal. O Stena Immaculate transportava 220 mil barris de querosene, um dos quais já foi confirmado como vazado no mar, aumentando os temores de um desastre ambiental.
Imagens captadas pela BBC mostram o petroleiro em chamas, enquanto especialistas alertam para os riscos do contato do querosene com ecossistemas marinhos. O Greenpeace UK afirmou que está monitorando a situação “de perto”, mas que ainda é cedo para avaliar o impacto ambiental total.

Além do combustível, o cargueiro transportava 15 contêineres de cianeto de sódio, uma substância altamente tóxica e inflamável, o que levanta ainda mais preocupações sobre os danos ecológicos do acidente.
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O Stena Immaculate, inaugurado em 2017 e pertencente à empresa sueca Stena Bulk, saiu da Grécia em 27 de fevereiro e tinha como destino Killinghome, no norte do Reino Unido.
Já o cargueiro Solong partiu do porto de Grangemouth, na Escócia, na manhã de segunda-feira, com destino a Roterdã, na Holanda.

Investigações
A Marine Accident Investigation Branch enviou investigadores a Grimsby, no Reino Unido, para realizar uma avaliação preliminar das causas da colisão. Dois especialistas em segurança marítima afirmaram que, até o momento, não há indícios de atividade maliciosa ou sabotagem, embora todas as possibilidades sigam sendo analisadas.
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O detetive Nicholson ressaltou que a polícia está “trabalhando de perto com todas as partes envolvidas” e que oficiais foram designados para apoiar a família do tripulante desaparecido.
O governo britânico já iniciou avaliações sobre possíveis medidas antipoluição para conter os danos. A Guarda Costeira também está acompanhando a situação, enquanto as autoridades definem se a busca pelo tripulante desaparecido será retomada.
A ONG Greenpeace alertou que o vazamento de querosene perto de áreas de reprodução marinha pode ter efeitos devastadores na fauna e na cadeia alimentar do ecossistema.
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(Com informações de BBC, AFP e The Guardian)