Hassett: China tentou nos intimidar, mas precisa voltar para a mesa de negociações

Hassett, contudo, expressou confiança de que as negociações comerciais entre ambos os países continuarão em andamento

Estadão Conteúdo

Diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, em Washington
07/02/2025
REUTERS/Kent Nishimura
Diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, em Washington 07/02/2025 REUTERS/Kent Nishimura

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O diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Kevin Hassett, acusou a China de tentar “intimidar” o governo americano ao retomar controles de exportação sobre bens de terras raras na semana passada. “Foi um clássico movimento de intimidação. Nem sequer atendiam ligações do nosso time perguntando: ‘o que aconteceu? Não estava tudo certo para Trump e Xi se encontrarem?'”, disse, em entrevista à Fox News na noite desta terça-feira, 14.

Hassett, contudo, expressou confiança de que as negociações comerciais entre ambos os países continuarão em andamento e de que a China começará a “seguir regras da comunidade internacional”. Segundo ele, Pequim “precisa voltar para a mesa de negociações” e trabalhar em conjunto com autoridades americanas para resolver a questão comercial por meio do diálogo, sob o risco de prejudicar a própria economia chinesa.

Na visão dele, a economia da China já está enfrentando problemas neste ano, sendo sustentada majoritariamente pelas exportações de bens chineses para a Europa. “Talvez por isso estejam agindo assim”, comentou, em referência aos controles sobre terras raras.

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“Xi Jinping está contra o melhor time que já tivemos, liderado pelo presidente Donald Trump e pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent”, afirmou Hassett. O conselheiro econômico disse ainda que o governo americano tem muitos “trunfos” contra Pequim, sem detalhar quais. “A China não tirará vantagem de nós, Trump irá conseguir um bom acordo para a economia dos EUA”.