Grupos de emissoras afiliadas boicotam retorno de talk show de Jimmy Kimmel nos EUA

Nexstar e Sinclair, que controlam mais de 20% das afiliadas da ABC, decidiram não exibir o programa após declarações do apresentador

Gabriel Garcia

Jimmy Kimmel chega ao 74º Primetime Emmy Awards realizado no Microsoft Theater em Los Angeles, EUA, em 12 de setembro de 2022. REUTERS/Aude Guerrucci
Jimmy Kimmel chega ao 74º Primetime Emmy Awards realizado no Microsoft Theater em Los Angeles, EUA, em 12 de setembro de 2022. REUTERS/Aude Guerrucci

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O programa “Jimmy Kimmel Live!” retorna à emissora ABC nesta terça-feira (23), mas cerca de um quarto das estações afiliadas da emissora nos Estados Unidos não irão exibir o programa.

Os grupos Nexstar e Sinclair, que possuem grande parte das afiliadas locais da ABC, anunciaram que vão suspender a transmissão do programa indefinidamente, substituindo-o por programação jornalística.

A decisão ocorre após comentários de Kimmel criticando a resposta do governo Trump à morte do ativista conservador Charlie Kirk, o que gerou uma reação negativa de autoridades, incluindo o presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, que acusou o apresentador de mentir para o público americano.

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O impasse entre a Disney, dona da ABC, e os grupos de estações locais representa um desafio significativo para a rede, já que a Nexstar e a Sinclair são responsáveis por uma fatia importante da receita publicitária do programa.

A controvérsia também tem impacto na plataforma de streaming Disney+, que enfrenta uma campanha de cancelamento impulsionada por descontentamento político.

Enquanto isso, outras grandes afiliadas da ABC, como Gray e Hearst, planejam exibir o “Jimmy Kimmel Live!” normalmente, mostrando que o boicote não é unânime entre os grupos de afiliadas.