Publicidade
Vinte e quatro horas depois de terem sido capturados por Israel, integrantes da Global Sumud Flotilha seguem incomunicáveis e sem direito a suporte diplomático. Diplomatas brasileiros tentaram por duas vezes ter acesso aos 12 integrantes da delegação brasileira que participavam da flotilha e estão detidos no porto Ashdod, em Israel. 

O acesso foi negado até mesmo depois do Corpo Diplomático alegar que os ativistas já estavam sendo interrogados.
“Nós tivemos a informação de advogados de que estavam em curso interrogatórios. Informei isso ao Itamaraty. Eles entraram em contato para tentar novamente, mas receberam a negativa de encontro com os brasileiros”, disse Lara Souza, coordenadora da delegação brasileira na flotilha e esposa do ativista Thiago Ávila, que também está incomunicável.
Continua depois da publicidade

Itamaraty vai visitar brasileiros detidos em Israel após interceptação de flotilha
Diplomatas brasileiros devem se reunir com os ativistas presos nesta sexta-feira, enquanto governo condena ação israelense e busca garantir segurança dos detidos

Quem é Luizianne Lins, deputada interceptada por Israel em flotilha rumo a Gaza
Parlamentar do PT-CE estava em missão oficial e divulgou vídeo antes de ser detida; Itamaraty cobra garantias
“Não foi permitido a ele contato com a embaixada brasileira. Nem a ele, nem a nenhum dos demais brasileiros”, afirmou.
Ao todo, cerca de 500 pessoas que integravam a flotilha foram capturadas em águas internacionais pelas forças israelenses.
“A advogada responsável inicialmente não foi autorizada. Depois, os advogados avisaram que ela teria conseguido entrar. Mas ela ainda não conseguiu dar retorno”, explicaram.
O motivo apresentado por Israel para proibir o acesso foi o feriado de Yom Kippur, o que impediria os procedimentos regulares. Segundo a embaixada brasileira em Israel, será possível entrar em contato com os brasileiros a partir desta sexta-feira (3).
Desaparecidos
Além dos 12 brasileiros que já foram confirmados que estão em poder de Israel, dois outros que também integravam a flotilha seguem incomunicáveis e sem a confirmação – por parte de Israel – de que foram detidos.
São eles João Aguiar, que estava a bordo do barco Mikeno, e Miguel de Castro, a bordo do Catalina.